Hospitais públicos de SC recebem móveis feitos por apenados em parceria

Projeto transforma materiais sem uso em mobiliário para unidades de saúde e promove reintegração social

Uma iniciativa conjunta entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Secretaria de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) está renovando o mobiliário de hospitais catarinenses com a ajuda de apenados. Na marcenaria da Colônia Agroindustrial de Palhoça, internos do regime semiaberto transformam madeiras danificadas ou inutilizadas em peças novas que equipam unidades de saúde da rede estadual. Até agora, já foram entregues 230 móveis produzidos pelos detentos.

Transformando materiais descartados em utilidade pública

O projeto utiliza madeiras e materiais fornecidos pela Gerência de Patrimônio (Gepat) da SES, além de doações. Os internos recebem capacitação profissional e aplicam o que aprendem na recuperação dos itens, que seriam descartados. Do trabalho manual nascem armários, trocadores de fraldas, estantes, balcões, painéis, nichos e até urnas funerárias.

Instituições como o Hospital Regional de São José, o Hospital Infantil Joana de Gusmão, a Maternidade Carmela Dutra e o Instituto de Cardiologia já foram beneficiadas. Inicialmente concentrada na Grande Florianópolis, a iniciativa deve se expandir para outras regiões do Estado.

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Ressocialização e benefício social

O secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, destacou o impacto social da iniciativa:

“Essa cooperação visa oportunizar aos apenados uma atividade laboral que contribua para sua capacitação e reintegração à sociedade. A iniciativa traz benefícios não apenas para os detentos, mas também para a população, já que os móveis são enviados aos hospitais públicos do Estado.”

Criado em 2024, o projeto já produziu centenas de móveis sem custos para o Governo de Santa Catarina. Além de modernizar as unidades de saúde, o programa contribui para a ressocialização e a valorização do trabalho dos detentos.

A secretária de Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim Silva, reforçou que a ação se consolidou como política pública permanente:

“Ganha a sociedade, ganha o sistema prisional, com o preso trabalhando de forma profissional. E, principalmente, ganha a Secretaria de Saúde, que pode oferecer conforto e qualidade aos pacientes.”

Expansão para outras frentes de trabalho

A parceria entre a SES e a Sejuri vai além da marcenaria. Detentos também participam de reformas em hospitais, realizando pintura, carpintaria, limpeza de áreas externas e manutenção predial. Entre as unidades atendidas estão o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt e a Maternidade Darcy Vargas, em Joinville; o Hospital e Maternidade Tereza Ramos, em Lages; e o Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis.

Como contribuir

Empresas e cidadãos interessados em apoiar o projeto podem colaborar com doações de materiais ou equipamentos de marcenaria. O contato deve ser feito com a administração da Colônia Agroindustrial de Palhoça, pelo telefone (48) 3664-5580.

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