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Conitec veta inclusão de canetas emagrecedoras como Ozempic no SUS (Fotos: Foto: stefamerpik/ freepik)
Decisão leva em conta alto custo aos cofres públicos; "Ozempic brasileiro" já está no mercado
Saúde - A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) decidiu, na quarta-feira (20), vetar a inclusão das chamadas canetas emagrecedoras no Sistema Único de Saúde. A medida atinge medicamentos como semaglutida (princípio ativo de Ozempic e Wegovy) e liraglutida (composição da Saxenda), ambos utilizados no tratamento de obesidade e diabetes tipo 2.
Por que o Ozempic foi barrado no SUS
Segundo parecer técnico da Conitec, a principal justificativa para a negativa é o alto impacto financeiro. A incorporação de medicamentos como o Ozempic poderia gerar um gasto mínimo de R$ 3,4 bilhões em cinco anos, chegando a até R$ 7 bilhões.
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Além disso, o uso desses fármacos exige acompanhamento psicológico e multiprofissional, o que dificultaria a adoção em larga escala na rede pública.
Como funcionam as canetas emagrecedoras
Tanto a semaglutida quanto a liraglutida atuam de forma semelhante, reproduzindo a ação do hormônio intestinal GLP-1, responsável por sinalizar ao cérebro a sensação de saciedade. Isso faz com que o paciente tenha menor apetite, além de ajudar no controle da glicemia e no aumento da produção de insulina.
A diferença principal está na frequência de aplicação e no resultado:
Semaglutida (Ozempic/Wegovy): uso semanal, efeito mais duradouro e maior perda de peso.
Liraglutida (Saxenda/Victoza): uso diário, efeito menos prolongado e perda de peso menor.
O “Ozempic brasileiro”
Apesar da decisão da Conitec, já estão disponíveis no mercado nacional as primeiras canetas produzidas no Brasil. Olire e Linux, apelidadas de “Ozempic brasileiro”, têm como princípio ativo a liraglutida — mesma substância da Saxenda.
A expectativa é que esses medicamentos sejam mais acessíveis ao consumidor, já que a produção ocorre em território nacional.
Indicações médicas
De acordo com especialistas, a semaglutida seria indicada para pessoas com obesidade e histórico de doença cardiovascular a partir dos 45 anos, mesmo sem diagnóstico de diabetes. Já a liraglutida é destinada a pacientes com obesidade associada ao diabetes tipo 2.
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