Os varejistas estão olhando para frente com mais esperança. A alta de 8% reflete o otimismo com a possibilidade de redução dos juros e da inflação, acredita o presidente da Fecomércio SC, Hélio Dagnoni

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) se recuperou em outubro após uma sequência de dez meses consecutivos de queda em Santa Catarina. A alta foi de 5,4%, a maior variação mensal em três anos. Em outubro de 2022, o crescimento havia sido de 5,6%. Em termos nacionais, o ICEC recuou 1,1% em outubro, em relação a setembro, a quarta queda seguida. 

Apesar da recuperação, o índice permanece abaixo da chamada linha de otimismo, registrando 98,6 pontos. Considera-se que os varejistas estão otimistas quando o indicador supera os 100 pontos. Historicamente, a média do ICEC no estado é de 112,6 pontos. Em nível nacional, o indicador apresentou queda de 1,1% em outubro, totalizando 95,6 pontos no mês.

Esperança

O presidente da Fecomércio SC, Hélio Dagnoni, destaca que houve também uma melhora significativa no subindicador que mede as expectativas dos empresários no estado. Segundo ele, isso mostra que os varejistas estão olhando para frente com mais esperança. A alta de 8% reflete o otimismo com a possibilidade de redução dos juros e da inflação.

“Infelizmente, a confiança dos empresários teve um intervalo bem grande de quedas, com dez meses seguidos. Essa alta de outubro pode ser uma virada de chave. Geralmente, o empresário antecipa seus movimentos com base naquilo que é esperado para os próximos meses. Então, com a expectativa de início dos cortes de juros em breve e a inflação também em viés de queda, é bem possível que esse movimento seja um reflexo desse contexto”, afirma Dagnoni.

Entre os componentes do ICEC, o destaque foi a expectativa em relação ao comércio, que subiu 11,1% no mês, alcançando 133,0 pontos, sinalizando confiança na recuperação das vendas de fim de ano e na movimentação da temporada de verão. Já as perspectivas para a economia brasileira também melhoraram (+8,1%), indicando uma percepção de melhora no ambiente macroeconômico, embora ainda estejam 20,1% abaixo do nível observado há um ano.

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