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Agronegócio de Santa Catarina bate recordes e reforça protagonismo nacional (Fotos: SECOM)
Estado se consolida entre as maiores potências agropecuárias do país, liderando a produção de carne suína, cebola e frutos do mar, e ampliando exportações
Com eficiência produtiva e forte presença internacional, o agronegócio de Santa Catarina segue em ritmo acelerado. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2024 confirmam que o estado permanece entre os oito maiores do país no setor, mesmo ocupando apenas a 20ª posição em extensão territorial. Os resultados reforçam a força do campo catarinense, que responde por cerca de 25% do PIB estadual e gera quase meio milhão de empregos diretos.
Santa Catarina: pequena em território, gigante na produção
Com 95,7 mil km² e uma população de 8,2 milhões de habitantes, Santa Catarina tem 183 mil estabelecimentos agropecuários, que ocupam 6,4 milhões de hectares. Em 2024, o Valor da Produção Agropecuária (VPA) atingiu R$ 63,8 bilhões, com destaque para a produção animal (R$ 38,9 bilhões), lavouras (R$ 21,6 bilhões) e florestas (R$ 3,3 bilhões).
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, destaca que o sucesso é resultado da união entre produtores, cooperativas e políticas públicas.
“Santa Catarina tem compromisso com o desenvolvimento sustentável, com base em tecnologia, inovação e agregação de valor. Seguimos ampliando a competitividade do campo e fortalecendo nossa economia”, afirma.
Eficiência produtiva e agregação de valor
As exportações agropecuárias somaram US$ 7,6 bilhões em 2024, o equivalente a 65% de tudo o que o estado exportou. Produtos como carnes, madeira, frutas e mel reforçam o perfil diversificado e competitivo do território catarinense.
Segundo o analista da Epagri/Cepa, Luiz Toresan, a combinação de tecnologia, manejo sustentável e qualidade garante o alto desempenho.
“A agroindústria catarinense é fortemente integrada, sobretudo nas cadeias de carnes, leite e frutas. Isso gera ganhos de escala, controle de qualidade e reforça a imagem de Santa Catarina como produtora de alimentos seguros e de excelência”, explica.
Liderança nacional em carne suína, cebola e frutos do mar
Santa Catarina liderou em 2024 a produção nacional de carne suína (29,3%), cebola (31,8%) e maricultura (91,6%). Foram 1,6 milhão de toneladas de carne suína, 534,5 mil toneladas de cebola e 7,2 mil toneladas de frutos do mar.
Esses números consolidam o estado como protagonista nacional, impulsionado pelo alto padrão sanitário e pela integração entre produtores e agroindústrias.
Vice-campeão em arroz, frango, maçã e fumo
O estado também ficou em segundo lugar na produção de arroz (1,1 milhão de toneladas), carne de frango (1,83 milhão), maçã (464,8 mil) e fumo (170 mil). Além disso, destacou-se em carpas, palmito, pêra, pinhão e truta, reforçando a diversidade do setor agropecuário catarinense.
Desempenho expressivo em trigo, aveia e erva-mate
Na terceira posição nacional, Santa Catarina produziu 421,3 mil toneladas de trigo, 51,1 mil de aveia e 139,8 mil de erva-mate em 2024. Também se destacou na produção de frutas de clima temperado, como pêssego e noz, e na extração de lenha e madeira reflorestada.
Entre os maiores produtores de banana, leite e tilápia
O estado foi o quarto maior produtor do país nessas cadeias, com 752,6 mil toneladas de banana, 3,3 bilhões de litros de leite e 35,7 mil toneladas de tilápia. Os resultados refletem a diversidade agrícola das regiões catarinenses, que combinam agricultura, pecuária e aquicultura.
Exportações reforçam protagonismo internacional
No comércio exterior, Santa Catarina foi campeã nacional nas exportações de carne suína (US$ 1,7 bi), madeira (US$ 1,3 bi) e móveis (US$ 236 mi). Também liderou as vendas de carne de peru, sucos de maçã, pato e banana.
O presidente da Epagri, Dirceu Leite, destaca que o estado também figura nas primeiras posições com carne de frango (US$ 2,3 bi) e tabaco (US$ 137 mi).
“Esses resultados evidenciam a força do agronegócio catarinense e consolidam o estado como referência em qualidade, sanidade e valor agregado”, conclui.
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