-
Câncer de próstata: dúvidas sobre como funciona a vigilância ativa (Fotos: Freepik)
A vigilância ativa no câncer de próstata é uma estratégia de monitoramento para tumores de baixo risco que evita tratamentos desnecessários, priorizando a qualidade de vida do paciente.
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil, com maior incidência em indivíduos com mais de 65 anos. Com avanços nos métodos diagnósticos e maior longevidade, cresce o número de homens diagnosticados com a forma de baixo risco da doença, que muitas vezes não exige tratamento imediato. Para esses casos, a vigilância ativa surge como uma estratégia eficaz para acompanhar o tumor sem intervenções agressivas, garantindo a saúde e qualidade de vida do paciente. A seguir, você entenderá como essa abordagem funciona e suas principais dúvidas esclarecidas.
O que é vigilância ativa?
A vigilância ativa é um método de acompanhamento para pacientes com câncer de próstata de baixo risco, ou seja, quando o tumor está localizado e apresenta baixo índice de agressividade. Durante esse processo, o paciente realiza exames periódicos, incluindo a dosagem de PSA (antígeno prostático específico), ressonância magnética da próstata e biópsias seriadas, para monitorar possíveis alterações no comportamento do câncer. Essa aplicação tem respaldo de estudos clínicos importantes e visa evitar tratamentos desnecessários, que podem causar efeitos colaterais significativos.
Qual o objetivo da vigilância ativa?
O principal objetivo é adiar ou evitar tratamentos invasivos como a prostatectomia (remoção da próstata) e radioterapia, preservando a qualidade de vida do paciente. Ela permite identificar precocemente qualquer evolução do tumor que exija intervenção, garantindo que o paciente receba tratamento curativo no momento certo, sem prejuízo à sua saúde. Assim, evita-se o excesso de tratamento em tumores que podem crescer muito lentamente ou até mesmo permanecer estáveis ao longo do tempo.
Leia também: Banco da Família aposta em telemedicina para romper barreiras de acesso à saúde no Sul do Brasil
A vigilância ativa dispensa acompanhamento médico?
Não. A vigilância ativa demanda acompanhamento contínuo e rigoroso com o urologista. O paciente não está desamparado; ao contrário, é monitorado de perto para que qualquer sinal de progressão do câncer seja detectado e tratado rapidamente. Esse acompanhamento regular é fundamental para o sucesso da estratégia e para manter o paciente seguro.
Quem pode se beneficiar da vigilância ativa?
Estima-se que cerca de 30 a 35% dos homens diagnosticados com câncer de próstata têm a forma de baixo risco, adequada para vigilância ativa. Além disso, pacientes com risco intermediário também podem ser considerados para essa abordagem inicial. Apesar dos benefícios, muitos pacientes desistem da vigilância ao longo do tempo, seja pela progressão da doença ou pelo desconforto psicológico gerado pela "ausência" de tratamento agressivo, que pode provocar insegurança.
Como decidir pela vigilância ativa?
A decisão deve ser feita em conjunto entre o paciente, seus familiares e o médico urologista, levando em consideração exames detalhados e critérios clínicos específicos. O diálogo aberto e a confiança na equipe médica são essenciais para ajustar a estratégia sempre que houver mudanças no comportamento do tumor, garantindo que o tratamento evolua conforme a necessidade de cada caso.
Tags
- Câncer
- Câncer de Próstata
- homens
- Próstata
- saúde
Deixe seu comentário