O Ministério da Saúde, em parceria com a ONU, intensifica ações técnicas para garantir a reconstrução segura e eficiente da rede de saúde no Rio Grande do Sul após as enchentes de 2024.

O Ministério da Saúde lidera a reconstrução da rede de saúde no Rio Grande do Sul (RS), muito afetada pelas enchentes de 2024, com apoio técnico do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS). Essa parceria tem como objetivo acelerar as obras, orientar gestores municipais e garantir a retomada dos serviços de saúde de forma segura e eficiente.

Estratégia de reconstrução e apoio técnico da ONU

A iniciativa conta com uma combinação de visitas técnicas presenciais, reuniões quinzenais e emissão de pareceres que ajudam na análise de projetos, revisão de escopos e superação de obstáculos burocráticos. Esse apoio não substitui a autonomia municipal, mas oferece suporte especializado fundamental para decisões mais assertivas na execução das obras.

Durante novembro de 2025, as missões técnicas intensificaram-se em cidades como Porto Alegre, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul e Novo Hamburgo, onde unidades de saúde sofreram desde danos moderados até destruição total de instalações. Há ainda agendadas visitas a outras cidades gravemente afetadas, como Caxias do Sul e Canela.

Desafios locais

Cada município enfrenta desafios específicos. Em Sapucaia do Sul, as unidades Colina Verde e Carioca passaram por danos severos em áreas essenciais, o que exigiu reformas completas. Ana Paula Macedo, secretária adjunta de Saúde local, ressalta que o suporte da UNOPS foi fundamental para agilizar esses reparos com segurança.

 

Já em Nova Santa Rita, o grande desafio foi manter o atendimento durante as obras. Bryan Freitas, secretário de Saúde, destaca que o acompanhamento técnico garantiu segurança para seguir com o processo mesmo em um município com menos recursos.

Em Porto Alegre, a reabertura das unidades Sarandi e Mário Quintana simboliza a recuperação do atendimento pleno, um alívio para a população que ficou meses em postos provisórios, conforme Cassiane Neves, coordenadora da UBS Sarandi.

Monitoramento

O coordenador-geral de Programação do Financiamento da Atenção Primária do Ministério da Saúde, Dirceu Klitzke, destaca o compromisso com a eficiência e transparência na aplicação dos recursos públicos. O acordo vigente com o UNOPS, desde dezembro de 2024, implica no acompanhamento de 101 obras em 33 municípios, com mais de 40 missões técnicas já realizadas, além de reuniões constantes e pareceres técnicos que orientam as etapas do projeto.

A UNOPS acompanha remotamente os trabalhos para assegurar qualidade e cumprimento dos cronogramas, fazendo ajustes quando necessário. Cecília Abdo, gerente do projeto no UNOPS, reforça o compromisso de garantir que a nova estrutura de saúde atenda aos padrões técnicos e seja entregue de forma segura.

População e a Rede de Saúde

A reconstrução das unidades impacta diretamente milhares de pessoas que ficaram com atendimentos precários após as enchentes. O fortalecimento da atenção primária contribui para consultas, vacinação, procedimentos de rotina e acompanhamento de pacientes com doenças crônicas, assegurando uma retomada sustentável dos serviços públicos de saúde no RS.

 

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