Doença grave ainda é pouco conhecida do público, mas merece atenção

Você já ouviu falar em mieloma? Apesar de pouco conhecido fora do meio médico, ele é um dos tipos de câncer de sangue mais comuns no mundo, ficando atrás apenas da leucemia.

O mieloma afeta as células da medula óssea, responsáveis pela produção de anticorpos que defendem o organismo. Com isso, o corpo fica mais vulnerável a infecções e outros problemas graves.

O que é o mieloma e quem pode ter

O mieloma é uma doença considerada agressiva e costuma aparecer em pessoas acima dos 40 anos, principalmente entre os 40 e 60 anos. Homens negros estão entre os grupos de maior risco.

Ele surge quando células que deveriam proteger o corpo passam a se multiplicar de forma descontrolada, produzindo proteínas defeituosas que prejudicam o funcionamento do organismo.

Tipos de mieloma

A doença pode se manifestar de formas diferentes. Os principais tipos são:

Mieloma múltiplo: o mais comum, com vários tumores em ossos como coluna e costelas.

Plasmocitoma solitário: um único tumor localizado em um osso.

Mieloma indolente: cresce devagar e pode não causar sintomas por muito tempo.

Mieloma de cadeia leve: caracterizado por proteínas anormais encontradas na urina.

Mieloma extramedular: mais raro e agressivo, ocorre fora da medula, em órgãos como fígado e pele.

Sintomas que merecem atenção

O grande problema é que o mieloma pode não dar sinais no início. Quando aparecem, os sintomas mais comuns são:

Dores constantes nos ossos (costas, costelas, braços ou pernas);

Fraturas espontâneas;

Infecções frequentes;

Cansaço, fraqueza e anemia;

Perda de peso sem motivo aparente;

Alterações nos rins.

Muitas vezes, esses sinais são confundidos com problemas comuns, como desgaste natural dos ossos ou simples fadiga.

O que causa o mieloma?

A ciência ainda não tem uma resposta definitiva, mas alguns fatores aumentam as chances de desenvolver a doença:

Histórico familiar;

Exposição a produtos químicos como pesticidas e solventes;

Exposição à radiação;

Obesidade e infecções crônicas;

Algumas condições prévias, como a gamopatia monoclonal, que pode evoluir para o mieloma.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento

O diagnóstico exige exames de sangue, urina e biópsia da medula óssea. Muitas vezes, o mieloma só é descoberto em exames de rotina ou após sintomas graves.

O tratamento pode envolver:

Quimioterapia;

Medicamentos que atacam diretamente as células doentes;

Radioterapia;

E, em alguns casos, transplante de medula óssea.

Mesmo sem cura definitiva, os tratamentos atuais conseguem controlar a doença e dar qualidade de vida ao paciente.

Por que falar sobre o mieloma?

Apesar de grave, o mieloma ainda é pouco falado fora do meio médico. Entender seus sinais e riscos é fundamental para buscar ajuda cedo. O diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença na resposta ao tratamento.

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