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17/04/2025 14:33
Saúde

Proporção de autistas sobe para 1 a cada 31 crianças nos Estados Unidos

Por Rita Lombardi

 Publicado 17/04/2025 13:16  – Atualizado 17/04/2025 14:33

  • Pollyana Fiorotti e Larissa de Souza (Fotos: Malabaris Produções))

Novo levantamento do CDC dos Estados Unidos, baseado em números de 2022, mostra um aumento em relação ao anterior, que apontava uma prevalência de 1 diagnóstico a cada 36 crianças de até 8 anos

 

Um novo relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), divulgado nesta terça-feira (15) e publicado nesta quarta-feira (16), revelou mais um aumento na taxa de crianças identificadas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em 2022 em comparação ao levantamento de 2020.

 O mais recente indicador mostra que 1 a cada 31 crianças de 8 anos foi identificada como autista pelo sistema de saúde ou educacional americano de 2022 (prevalência de 32,2 em 1.000 crianças). Essa proporção vem crescendo nas últimas décadas já que era 1 para cada 150 crianças em 2000, a cada 88 crianças em 2008, 1 a cada 59 em 2014, 1 a cada 44 em 2018 e 1 a cada 36 em 2020.

 Nacionalmente, os novos números apontaram ainda que a prevalência de autismo é 3,4 vezes maior entre meninos e menor entre crianças brancas, quando comparada à de outros grupos étnicos. Além disso, 39,5% das crianças diagnosticadas foram classificadas como pessoa com alguma deficiência intelectual.

 Com a nova prevalência, uma projeção equivalente para o Brasil indica que o país poderia ter atualmente cerca de 6,9 milhões de pessoas autistas, considerando a população brasileira atual estimada em 212,6 milhões de habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 Para a médica neurocirurgiã pediátrica e pós graduada em psiquiatria infantil, Larissa de Sousa a explicação para este aumento de pessoas autistas certamente se deve a uma maior conscientização, mudanças nas práticas de diagnóstico e melhores estudos de prevalência.

 A neuropsicopedagoga, Pollyana Fiorotti acrescenta “embora os dados sejam dos EUA, padrões semelhantes podem ser observados em outros países, inclusive no Brasil. Falar sobre isso é muito importante para garantir diagnóstico precoce e apoio adequado, especialmente neste mês dedicado à conscientização do Autismo”, afirma a especialista.

  • Pollyana Fiorotti e Larissa de Souza (Malabaris Produções)

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