Em 2009, os catarinenses pagaram R$ 13,5 bilhões em impostos federais. No mesmo período, Santa Catarina recebeu da União, em transferências de recursos para o estado e seus municípios, além dos gastos diretos no estado, apenas R$ 8 bilhões, ou seja, 59,4% do montante que enviou aos cofres federais. ? Tivemos o 4º pior retorno de impostos federais do país?, lamenta Alcantaro Corrêa, presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), responsável pelo levantamento dos dados colhidos da Receita Federal, do Portal da Transparência e da Secretaria do Tesouro Nacional.
O estado que mais contribuiu e menos recebeu foi São Paulo: arrecadou R$ 204 bilhões e recebeu R$ 35 bilhões em investimentos e repasses da União. Depois vêm o Rio de Janeiro, que contribuiu com R$ 101,9 bilhões e recebeu R$ 25 bilhões, e o Distrito Federal, que amealhou R$ 50,4 bilhões e teve R$ 35,6 bilhões de retorno.
No ranking inverso, o dos que mais receberam proporcionalmente à sua contribuição, estão Acre, Amapá, Roraima e Tocantins. O estudo mostra, também, que estados com economias vigorosas, como a Bahia e o Ceará, tiveram retorno financeiro muito superior ao montante arrecadado.
Para Corrêa, os dados deixam claro que é necessário haver maior mobilização de Santa Catarina e também dos dois outros estados do Sul. O Paraná ficou com o 5º pior retorno e o Rio Grande do Sul com o 7º.?Temos grandes carências em áreas como infraestrutura, saúde e educação, mas, por sermos vistos como estados supostamente ricos, recebemos muito menos do que contribuímos?, alega. O líder empresarial deixa claro que não se trata de esquecer os estados mais pobres. ?É função do governo investir lá para reduzir as desigualdades. Mas se ficarmos de lado, nossa economia perderá competitividade e vai reduzir sua capacidade de contribuir com o país no longo prazo?, diz Corrêa.
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