Governador eleito disse na abertura do Congresso dos Municípios que vai percorrer o Estado com o novo secretariado para ouvir as demandas locais
No pronunciamento que fez na abertura do VIII Congresso Catarinense de Municípios, na terça-feira, dia 30, no CentroSul, em Florianópolis, o governador eleito, Raimundo Colombo (DEM), foi logo avisando que não iria anunciar nehuma medida de impacto, tampouco apontar soluções para as grandes questões que preocupam a população catarinense.
Sua primeira iniciativa, conforme revelou, será percorrer o Estado, acompanhado por seu vice, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), e secretários, para ouvir as demandas locais e eleger as prioridades. ? Um dos grandes perigos de uma gestão são as falsas prioridades, aquelas que parecem ser fundamentais e, na verdade, não são?, ensinou ele. Aos jornalistas, citou como exemplo o aeroporto de Correia Pinto, no Planalto Serrano. ?Achávamos que era uma obra importante, mas depois se vê que não teria linha regular, não teria demanda suficiente, e que o dinheiro público poderia ser aplicado em outra obra?, justificou.
Perfil municipalista
Para Colombo, existem outros grandes inimigos do chefe do Executivo estadual: a burocracia, o isolamento e o desconhecimento das prioridades locais. Por isso, revelou que já agendou para fevereiro e março a andança pelo Estado. Avisou que o secretário de Saude vai visitar hospitais, o secretário de Educação vai ver como estão funcionando as escolas, e que vai ouvir muito os prefeitos, em grupos de 12 a 15 munincípios, para a conversa ser mais produtiva. Serão pelo menos vinte encontros para Colombo auscultar as prioridades dos 293 municípios catarinenes.
Essa empreitada não significa, porém, que o governo ficará parado enquanto isso. Colombo assegurou que tudo o que está encaminhado terá continuidade e tranquilizou os agentes públicos que estavam na plateia do Congresso, reforçando seu discurso de campanha dizendo que será o mais prefeito dos governadores. Até porque, lembrou, fora prefeito por três vezes e Santa Catarina tem um histórico de governadores que passaram pela chefia do Executivo municipal.
Recordou que Luiz Henrique comandou Joinville por três mandatos, Pinho Moreira foi prefeito de Criciúma e Pavan de Balneário Camboriú. ?É no município que as coisas acontecem, onde a gente mora, onde o povo tem rosto, nome e endereço?, disse, usando a frase que dá título a livro de sua autoria, que é um retrato de sua trajetória de mais de 30 anos de vida pública. Colombo insistiu que quer um governo mais humanizado, e que o servidor público tem que estar consciente de seu papel, atendendo bem o cidadão que paga imposto e sustenta toda a máquina pública. ?Nosso patrão é o povo?, pregou.
Desafios
Colombo reconheceu, porém, que sabe quais são as expectativas da população, especialmente às ligadas à Saude, à Educação e à Segurança Pública. Segundo ele, é preciso reajustar a tabela do SUS, socorrer os hospitais filantrópicos, prover o Estado de condições de maior crescimento e isso passa por melhoria em portos, aeroportos, rodovias - lembrou da BR-101, da 470, da 280. Acrescentou, também, que é preciso dar um horizonte para os jovens, que hoje estão sem perspectiva e, principalmente, sem um sonho.
Nesse sentido, disse que somente a melhoria da qualidade da Educação pode mudar o cenário do país que vive, hoje, em ?crise ética, de valores e de princípios?.
O governador eleito destacou também os 30 anos da Fecam e sua contribuição para o aprimoramento da gestão municipal.
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