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A maior festa alemã das Américas reforça atrações para agradar toda a família e bater recorde de público nos seus 26 anos de história

Blumenau já está em contagem regressiva para a realização da maior festa típica de Santa Catarina – a Oktoberfest 2009 – evento também considerado incomparável em toda a América. Em entrevista à RCN, o prefeito do município, João Paulo Kleinübing (Dem), destacou a importância da festa para o município já que movimenta toda a cadeia hoteleira de Blumenau e cidades vizinhas, além de toda uma gama de setores, como restaurantes, lanchonetes, bares, táxis e lojas, gerando emprego e renda para as pessoas da cidade. Kleinübing disse que a Oktoberfest espera bater o recorde de público, nesta que é a 26ª edição do evento. A abertura da festa será no dia 1º de outubro após o desfile oficial (uma das mais esperadas atrações) e há diversão garantida até o dia 18. Confira.

RCN: Qual a expectativa de visitantes e qual o perfil desse público?
A expectativa é de receber 700 mil festeiros em 2009. O perfil da Oktoberfest, nos últimos anos, tem mudado em relação ao início da festa. Se a Oktoberfest já foi conhecida pelo chope, hoje ela se tornou uma festa para toda a família. O chope se alia à música, à gastronomia, aos pontos turísticos, entre outras atrações, para atender o público de todas as idades.

RCN: Quais as principais atrações do evento deste ano?
Três bandas alemãs já foram contratadas para garantir a animação da festa: Heidelberg Quartett of Five, Original Haderlumpen e Alan Best und die Gaudibuam. O diferencial deste ano é a contratação de seis DJs vindos diretamente da Alemanha. Yves Murasca, Dave DK, Chopstick, Julietta, Namito e Oliver Klein, além da presença da consagrada VJ Heiligenblut, que contagiarão o Setor 3 da Vila Germânica com música eletrônica nas quintas-feiras e nos sábados da festa.

RCN: A gripe A de alguma forma pode prejudicar o brilho da Oktoberfest?
Não. A gripe A exigiu e ainda exige cuidados do poder público, mas os casos suspeitos e confirmados diminuíram gradativamente em agosto. Este mês, com a proximidade do verão, os números devem cair ainda mais. Nossa expectativa é de que, em outubro, mês da Oktoberfest, essa crise esteja superada e que somente a alegria tome conta da festa.

RCN: Há alguma medida preventiva no caso da gripe A?
A prefeitura montou uma central de atendimento contra a gripe A e tem acompanhado os casos suspeitos. Mas, como dito anteriormente, a procura na central tem diminuído gradativamente.

Ingressos: Sextas e sábados e dias 11 e 12: R$ 15. De segunda a quinta: R$ 5. Meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos. Dias 4 e 18, a entrada é gratuita a partir das 11h; Pessoas vestidas com traje típico alemão não pagam entrada.
Desfiles: Dia 1º: 19h30; Dia 3:17h; Dia 7:19h30; Dia 10:17h; Dia 14: 19h30; Dia 18:10h.
Bierwagen (Carro da Cerveja): fará a distribuição gratuita de chope pelo centro da cidade no período vespertino.
Festa da Melhor Idade: dia 8, das 12h às 17h.

BRF x MARFRIG
No duelo de gigantes, produtor integrado ainda se dá mal

A Brasil Foods (BRF), megaempresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão, tem agora um concorrente de peso. Com a compra da Seara por US$ 900 milhões, a Marfrig Alimentos, com sede em Santo André, São Paulo, passa a ter capacidade para abater 2,28 milhões de aves por dia, mais do que dobrando sua estrutura no setor avícola. No caso de suínos, a incorporação da Seara eleva de 4,2 mil para 10 mil animais por dia a capacidade de abate do grupo, aproximando-se da BRF, que pode abater até 3,3 milhões de aves e 27,4 mil cabeças de suínos diariamente.
As fusões, no entanto, pouco modificam o cenário para os criadores de aves e suínos catarinenses, muitos deles com sua atividade atrelada às agroindústrias. “O modelo de atuação, que vem de longa data, estrangula os produtores integrados, que recebem muito pouco para o tamanho do passivo ambiental que têm que arcar”, acentua o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Volmir de Souza. Ele lembra que as indústrias estão pagando aos integrados R$ 1,75 pelo quilo de suíno, enquanto o suinocultor independente consegue R$ 2,05. Segundo ele, dos 12 mil produtores estabelecidos em Santa Catarina, perto de 80% são integrados e o cenário se torna ainda mais desalentador se for levado em conta que a média de idade dos produtores beira os 48 anos e mais de 50% deles não têm sucessor para seus empreendimentos. “Em algum momento temos que mudar essa política de extrair sangue do produtor”, alerta o presidente da ACCS.

CATÁSTROFE 1
De relatório na mão

Mais um rosário de promessas de liberação de recursos marcou o périplo da comitiva catarinense, integrada pelo governador Luiz Henrique e bancada parlamentar do Estado, a Brasília, na terça-feira 15. Na oportunidade, foi entregue em mãos ao presidente Lula um relatório com os estragos provocados pelos vendavais e tornado que atingiram Santa Catarina na última semana, matando cinco pessoas e deixando mais de uma centena de feridos, milhares de desabrigados e prejuízos estimados pela Defesa Civil em torno de R$ 211 milhões.

Do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira, o governador recebeu a confirmação do repasse de mais R$ 26 milhões para complementar os recursos destinados a atender as cidades que estão em Situação de Emergência. Luiz Henrique informou já ter liberado R$ 2 milhões para obras de reconstrução de escolas em Guaraciaba e outros R$ 2,5 milhões do Fundo Estadual da Defesa Civil para atender as cidades atingidas.

Do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, LHS ouviu que haverá prorrogação das dívidas agrícolas e linhas de crédito especiais com juros subsidiados. Serão R$ 75 milhões para financiamentos via cooperativas de crédito para uso na recuperação de propriedades atingidas e R$ 100 milhões com juros subsidiados para atender aos pequenos agricultores que não contrataram seguro. Nos assentamentos, as obras de reconstrução ficarão a cargo do Incra, que já possui dotação orçamentária própria.

Do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, obteve-se a promessa de visita às regiões atingidas para verificar a extensão dos estragos nas lavouras e propriedades rurais. A senadora Ideli Salvatti acrescentou que ficou decidido o pagamento de emendas de 2008 destinadas aos municípios atingidos (cerca de R$ 11 milhões) e empenho das emendas de 2009.

CATÁSTROFE 2 
O balanço de Ideli

A senadora Ideli Salvatti (PT) chegou à notável soma de R$ 2,6 bilhões na contabilidade do socorro do Governo federal às catástrofes de Santa Catarina.
Nesse balanço, a senadora destaca R$ 802 milhões em pagamentos efetuados (ordem bancária) seja diretamente aos cofres estaduais (R$ 462.988.332,99); aos órgãos municipais (R$ 1.855.000) ou pela aplicação direta através de empresas contratadas pela Secretaria Especial dos Portos (SEP) e pelo DNIT (R$ 112.543.913,01) ou através dos serviços prestados pelas Forças Armadas (R$ 37.028.415). Entram ainda nessa conta, aos recursos do programa “Dinheiro Direto na Escola” (R$37.638.725) e também os valores destinados aos setores empresariais de SC, através da concessão de créditos e postergação de pagamentos de faturas (R$ 50 milhões) e a reestruturação do serviço da dívida do Estado junto ao BNDES (R$ 100 milhões) – sendo que esses dois últimos recursos voltam aos cofres federais.

A senadora inclui também mais de R$ 1,3 bilhão referentes à liberação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para os atingidos, dinheiro esse que é do trabalhador, cuja utilização foi permitida por decreto presidencial.

Na sequência do balanço divulgado, a parlamentar assinala os recursos empenhados aguardando execução de obras ou apresentação de projetos para convênio, que totalizam R$ 338, 3 milhões, sendo parte destinada à aplicação direta através de empresas contratadas pela SEP e pelo DNIT (R$ 238.365.112,37), e parte referente a crédito destinado a setores empresariais e a municípios pelo BNDES, através de programas de apoio emergencial, de refinanciamento e de financiamento para capital de giro (R$ 100 milhões).

Por fim, aparecem R$ 213,9 milhões em recursos disponíveis para Empenho, destinados ao Porto de Itajaí/SC pela MP 448/08 (R$ 128.944.810,95) e ao Governo do Estado (R$ 65 milhões) através do Ministério da Saúde e Ministério da Integração Nacional, e aos cofres ou órgãos municipais por conta da estiagem (R$ 20 milhões).