Enquanto o Governo federal reluta em conceder aumento do salário mínimo acima de R$ 545,00, o Governo do Estado de Santa Catarina acatou a proposta dos representantes dos trabalhadores e dos empresários para reajuste de 7% nos valores do mínimo regional, estabelecido pela Lei 459-2009, em quatro faixas, de acordo com a categoria de trabalho.
O índice, definindo por acordo entre as entidades laborais e de empregadores, supera a inflação do ano passado, que ficou em 6,48%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O governador se comprometeu a encaminhar a proposta de reajuste à Assembleia nos termos acordados entre as partes e elogiou a capacidade de diálogo dos trabalhadores e dos empresários. “Quero deixar bem claro o meu reconhecimento, tanto aos trabalhadores quanto à classe empresarial, por esse entendimento. Isso fortalece a visão de Santa Catarina como um estado harmônico e voltado para o crescimento com geração de riqueza e oportunidade de trabalho e renda”, declarou o governador.
O presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa assinalou que “o acordo é um marco nas relações de trabalho em Santa Catarina e representa o esforço dos empresários e trabalhadores na busca da harmonia no ambiente de trabalho”. Da mesma forma, o coordenador sindical do Dieese/SC, Ivo Castanheira, valorizou a conclusão das negociações como “um dia histórico para os movimentos sindicais.”
As negociações envolveram as federações de trabalhadores e o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem) e foram concluídas na manhã de segunda-feira, dia 31 de janeiro, em reunião na sede da Federação das Indústrias (Fiesc). Com o arredondamento, as faixas do mínimo ficam nos seguintes valores, conforme a categoria discriminada pela lei: de R$ 587 para R$ 630; de R$ 616 para R$ 660; de R$ 647 para R$ 695 e de R$ 679 para R$730.
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