Na coletiva de imprensa, na segunda-feira, dia 6, o governador eleito confirmou apenas alguns nomes que já haviam sido ventilados pela imprensa. A queda-de-braço partidária continua na composição da Nominata

Os nomes que irão compor a nova administração, oficializados pelo governador eleito Raimundo Colombo (DEM), em coletiva à imprensa, na segunda-feira, dia 6, não causaram surpresa. A maiora deles já havia sido dada como certa. A não ampliação da lista de indicados demostrou que segue penosa a queda-de-braço partidária na disputa por espaços no futuro governo.


Ao lado do vice-governador eleito, Eduardo Pinho Moreira (PMDB) e do senador eleito Paulo Bauer (PSDB), Raimundo Colombo confirmou a indicação do Procurador Geral do Estado, de sete secretários, de dois presidentes de empresas de economia mista - Celesc e Casan, duas estrelas do aparato estatal - e do presidente do Deinfra, poderosa autarquia (empresa que tem capital exclusivametne público, porém com autonomia administrativa), responsável pelas obras de infraestrutura viária.
 

Para respeitar a geografia das urnas - que dá ao PMDB maior peso na composição do novo governo, pois elegeu maior número de parlamentares - Colombo está tendo que frear o ímpeto do seu próprio partido.

Por enquanto, ficou com os peemedebistas a pasta mais vistosa - a da Infraestrutura e o Deinfra, além da Secretaria da Saúde, que tem as demandas mais prementes da populaçâo. Ao PSDB coube a Assistência Social, que ganha destaque por ir ao encontro do discurso ?as pessoas em primeiro lugar?, e a de Assuntos Estratégicos, cuja missão é manter Santa Catarina como um estado cobiçado por investidores. Os tucanos levaram também a Casan, outro posto de visibilidade, se o titular seguir ampliando os níveis de saneamento nos municípios catarinenses.

O Democratas ainda não ganhou sua pasta-vitrine. A Casa Civil é iminentemente política, embora estratégica para o êxito da governança, e a Celesc é um desafio e tanto para o jovem e talentoso Gavazzoni. Da cota pessoal de Colombo, o titular da Fazenda vai dar rosto à nova administração, que promete cobrar de seus integrantes tecnicidade e eficiência.
 

Extra-oficial
À saída da coletiva, o vice-governador Eduardo Pinho Moreira justificou aos jornalistas a demora na apresentação de integrantes da futura administração como parte de um processo natural de acomodação das demandas partidárias. Disse que haveria outros nomes para serem oficializados, como o do deputado federal eleito João Rodrigues (DEM) para a Pasta da Agricultura, o de Derly Massaud de Anunciação (PMDB), que continuaria no comando da Secretaria de Comunicação e o da deputada estadual reeleita Ada de Luca (PMDB), indicada para a pasta da Justiça e Cidadania, que ganharia mais peso, deixando de ser apêndice da Secretaria de Segurança Pública.
 

Entre as indefininções está a pasta da Educação. O senador eleito Paulo Bauer (e ex-secretário de Educação) garantiu que a pasta continua com os tucanos e ?com alguém com vasta experiência na área?. Na coletiva, procurou desfazer a impressão de que ele seria o nome mais cotado.