O líder do governo Dilma no Senado era o responsável pelas negociações da presidente com sua base de no Senado e na Câmara

O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), preso desde o último dia 25 de novembro, fechou acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O líder do governo Dilma no Senado foi preso em flagrante por tentar obstruir as investigações da PF e o Senado confirmou sua prisão. 

A delação de Delcídio ligou o alerta de pânico no Palácio do Planalto. Como líder do governo Dilma no Senado, ele era o responsável por todas as negociações da presidente com sua base de apoio no Senado e na Câmara dos Deputados.

O líder do governo Dilma havia sido citado pelo ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que o acusou de participar de um esquema de desvio de recursos envolvendo a compra superfaturada da refinaria de Pasadena, nos EUA. Flagrado numa gravação feita pelo filho de Cerveró, o senador ofereceu e R$ 50 mil mensais para que o ex-diretor da Petrobras não participasse da delação premiada, e ainda planejou a possibilidade de fuga.

Delcídio foi preso na mesma fase da Lava Jato que o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, do chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira e o advogado Edson Ribeiro, que estava foragido até dias atrás. Todos foram presos preventivamente por tentar interferir nas investigações da Lava Jato.