Enquanto possíveis adversários do prefeito Topázio Neto (PSD) aguardam os desdobramentos das ações, a esquerda da Capital partiu para o ataque

Ao mesmo tempo em que o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), avalia os estragos na imagem da sua administração com a operação da Polícia Civil deflagrada na quinta-feira (18), os adversários potenciais da eleição de outubro estudam o cenário e alguns deles preparam a artilharia. A esquerda da Capital, talvez a mais forte de Santa Catarina em densidade eleitoral, apontou para a privatização da coleta de lixo com suspeitas dos investigadores para poluição, fraude à licitação, corrupção passiva e ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro, que teriam sido cometidos por agentes públicos em conluio com particulares. 

O presidente do Sintrasem (Sindicato dos Servidores Públicos de Florianópolis), Renê Muraro e o deputado estadual Marquito (PSOL), que é pré-candidato do seu partido à Prefeitura de Florianópolis, partiram para o ataque. "Foi a partir de 2021 que se percebeu as inconsistências naquele contrato e na relação do poder público e da empresa, a mesma que substituiu a Comcap, enquanto o prefeito Topázio e o (ex-) prefeito Gean maltratam os trabalhadores públicos", apontou o parlamentar do PSOL. 

Neste sábado (20), um vídeo apócrifo começou a circular nos grupos de WhatsApp, que aponta os problemas da única gestão considerada de esquerda de Florianópolis, quando Sérgio Grando (PPS) e Afrânio Boppré (PT) administraram a cidade entre 1993 e 1996. O áudio visual traz uma narrativa que tenta explicar a razão de a esquerda nunca mais ter voltado ao comando da Capital. Repleto de manchetes de jornais da época, que destacavam lixo acumulado, greves intermináveis e até afastamento de integrantes do alto escalão suspeitos de corrupção. O objetivo é alvejar a esquerda como um todo, mas mais especificamente o atual vereador Afrânio Boppré (PSOL) que continua firme na oposição a todas às gestões que tocaram a cidade desde que foi vice-prefeito.