Presidente abordou o assunto com o presidente da Bolívia, Evo Morales. Casos se espalham em pelo menos 24 países do continente americano, o que levou a OMS a declarar a microcefalia por zika vírus uma emergência mundial
A presidente Dilma Rousseff disse hoje (2) que o desafio do combate ao mosquito Aedes aegypti é uma tarefa coletiva dos países da América Latina. O mosquito transmite a dengue, a febre chikungunya e o vírus Zika, que pode causar microcefalia em bebês.
"Abordamos o desafio do vírus Zika e a necessidade de trabalharmos juntos para combatermos o mosquito evitando sua proliferação e desenvolvendo vacinas. É uma tarefa necessariamente coletiva de todos os países aqui da América do Sul e da América Latina", afirmou Dilma, após reunião com o presidente da Bolívia, Evo Morales, no Palácio do Planalto.
Morales também destacou que é essencial o trabalho em conjunto dos países para combater o Zika, apesar de a Bolívia não registrar número elevado de casos da doença. O presidente boliviano lembrou a importância da reunião dos ministros da Saúde do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) para discutir estratégias conjuntas de combate ao Aedes aegypti.
O encontro será amanhã (3) em Montevidéu, com a participação de ministro brasileiro Marcelo Castro. A reunião será aberta a integrantes da Comunidade dos Estados Latino-Americanos (Celac) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
OMS
O Comitê de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta segunda-feira (1º) o zika vírus, já presente em 24 países da América, uma emergência de saúde pública de importância internacional. O vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti - o mesmo da dengue e do chikungunya-, normalmente provoca uma infecção leve, mas está sendo associado a casos de microcefalia em bebês de mães infectadas e a alguns casos da síndrome de Guillain-Barré. Foi essa relação que levou a OMS a considerar o zika vírus uma ameaça "de proporções alarmantes", como a definiu a diretora-geral da entidade, Margaret Chan.
Na entrevista coletiva que se seguiu, Chan insistiu que a emergência "não é pelo zika vírus em si, mas por sua associação com a microcefalia e outros transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré". Ela acrescentou que a declaração foi feita "como precaução". "Não podíamos esperar até que a relação seja demonstrada", afirmou.
3.700 casos levam Honduras a declarar estado de emergência nacional
O residente de Honduras, Juan Orlando Hernández, declarou nessa segunda-feira (1º) estado de emergência nacional devido à propagação do vírus Zika, que afetou 3.700 pessoas no país desde dezembro. O estado de emergência foi decretado na sessão do Conselho de Ministros.
No Equador, 64 mil pessoas formam "brigadas" para combater vírus Zika
Cerca de 64 mil pessoas formam "brigadas" de combate ao vírus Zika no Equador, onde foram registrados 22 casos e são investigados 67 suspeitos, informou nessa segunda-feira (1º) o Ministério da Saúde Pública. As Forças Armadas passaram a participar das atividades programadas no país para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor do Zika, assim como da dengue e da febre chikungunya.
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