Em sua visita ao Brasil, presidente búlgaro disse também que vai trabalhar com 'empenho' para que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia seja firmado o mais rápido possível
Em visita ao Brasil, o presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, disse que vai apoiar a proposta brasileira para reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ao se referir ao pleito do Brasil para que o conselho, formado por quinze membros (sendo cinco permanentes), tenha uma composição mais diversa.
Plevneliev e a presidente Dilma Rousseff se reuniram nessa manhã em Brasília e assinaram atos bilaterais nas áreas da previdência social e da ciência e tecnologia. Ao oferecer brinde durante almoço, o presidente búlgaro repetiu que vai trabalhar com "empenho" para que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia seja firmado o mais rápido possível.
"A Bulgária apoiará o Brasil para que o conselho tenha representatividade mais ampla", afirmou o presidente. Ele disse que o governo búlgaro acredita em um "comércio sem limites" e na "competitividade". Mais cedo, Dilma havia dito que o Brasil tem "todo o interesse" em avançar nas negociações e na troca de ofertas entre os dois blocos.
Mercosul
As negociações para um acordo entre Mercosul e União Europeia começaram no fim da década de 1990 e, desde então, avançam de maneira inconsistente. No ano passado, o diálogo foi retomado e os dois blocos chegaram a marcar a troca de ofertas para o último trimestre do ano passado, o que acabou não ocorrendo.
O presidente Plevneliev afirmou que a Bulgária vai trabalhar e se esforçar para que o acordo de livre comércio entre os blocos seja firmado o mais breve possível. Segundo ele, há interesse mútuo em ampliar as relações políticas e econômicas e o Brasil já ocupa o primeiro lugar do comércio búlgaro na América Latina. "A Bulgária se moderniza e pode ser porta de entrada para o Brasil na União Europeia", disse Plevneliev.
Parcerias
Na primeira visita oficial de caráter bilateral do mandatário búlgaro ao Brasil, foram assinados o Acordo de Previdência Social e o Memorando de Entendimento entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Educação e da Ciência da Bulgária.
O Acordo de Previdência Social estabelece regras sobre tratamento equitativo, exportação de benefícios e legislação aplicável. Segundo o Palácio do Planalto, a assinatura do Memorando de Entendimento entre o CNPq e o Ministério da Educação búlgaro vai permitir incrementar o intercâmbio de estudantes e de pesquisadores. O acordo facilita a realização de eventos científicos, seminários, intercâmbio de pesquisadores e o financiamento de projetos conjuntos de pesquisa.
De acordo com a presidente, as parcerias firmadas entre os dois países na área da previdência beneficiará os trabalhadores brasileiros que moram na Bulgária, e os búlgaros que trabalham no Brasil. Ela destacou a possibilidade de haver novos campos de cooperação e conhecimento no setor de ciência e tecnologia
Refugiados
A crise dos refugiados que envolve Europa, Norte da África e Oriente Médio também foi temas da agenda global tratados no encontro. "A crise exige soluções coletivas por parte da comunidade internacional. Por sua posição geográfica, a Bulgária é ator fundamental na resolução desse tema que afeta todos os países direta e indiretamente. E é reconhecida sua posição equilibrada nesta matéria. É preciso que se encontre solução política e abrangente para o conflito na Síria", afirmou.
Dilma também lembrou suas origens búlgaras pelo fato de seu pai ser um imigrante. Pedro Rousseff nasceu na cidade de Gabrovo, na Bulgária. Em 2011, Dilma visitou o país e se encontrou com parentes. Foi a primeira vez que ela visitou a Bulgária.
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