Governador de SC questionou a justificativa do governo federal para aumentar o imposto, que seria a necessidade de cobrir o rombo fiscal
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, criticou duramente o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) promovido pelo Governo Federal, reacendendo o debate sobre a carga tributária e a responsabilidade fiscal no país. A declaração foi uma resposta direta ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que havia argumentado que a atual gestão pratica alíquotas menores do que em anos anteriores.
"Ô, Ministro, vamos explicar direito essa história?", rebateu Jorginho Mello. O governador catarinense argumentou que a redução do IOF nos últimos anos não é mérito da atual gestão, mas sim resultado de um decreto do governo anterior, assinado por Jair Bolsonaro. Esse decreto determinava a redução gradual do imposto até a sua eliminação completa em 2028.
"Sim, o Bolsonaro fez um decreto no seu governo baixando o IOF ano após ano até zerar em 2028. E é justamente isso que vocês estão querendo derrubar", afirmou o governador, referindo-se à possível revogação da medida.
Jorginho Mello questionou a justificativa do governo federal para aumentar o imposto, que seria a necessidade de cobrir o rombo fiscal. Para o chefe do Executivo catarinense, essa justificativa é frágil, especialmente diante da situação de Santa Catarina, estado que, segundo ele, tem recursos em caixa e não precisa aumentar impostos: "Se Santa Catarina segue crescendo, com recursos no caixa, sem aumentar imposto... Se funciona aqui, que também é Brasil, por que não funciona aí, Ministro?", indagou.
O governador também relembrou a origem do IOF, que, segundo ele, foi criado para proteger o comércio interno, mas hoje é utilizado como instrumento de arrecadação emergencial. "Vocês mesmos admitem que vão aumentar pra cobrir o rombo fiscal do Brasil. Um rombo que vocês criaram e insistem em não economizar", concluiu.
A declaração de Jorginho Mello sobre o IOF e a política fiscal repercutiu nas redes sociais, gerando discussões sobre a gestão econômica e o futuro da carga tributária no Brasil. A crítica do governador catarinense coloca lenha na fogueira em meio ao debate sobre a responsabilidade fiscal e as medidas do governo federal.
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