O fiador do partido
Desde as rusgas com o governador Carlos Moisés da Silva em 2019, a tropa bolsonarista na Assembleia Legislativa de SC (Alesc) e na Câmara dos Deputados, a massa falida do PSL, busca um partido para chamar de seu. Por causa da legislação, os parlamentares permanecem na sigla durante esse tempo, mas sem atividade partidária e sem um rumo definitivo. Choveram convites durante esse tempo, mas dois motivos evitavam a tomada de decisão: um deles era aguardar o presidente Jair Bolsonaro e outro, avaliar na mão de quem ficaria o partido. O pé atrás com o comando estadual tem nome e sobrenome: Fábio Schiochet, presidente do PSL catarinense, e que ficou ao lado do presidente nacional, deputado Luciano Bivar (PE), contra Bolsonaro, quando da disputa pelo controle da sigla. Agora, Ana Campagnolo, Jessé Lopes e Felipe Estevão (os três da Alesc) fecharam a questão para ingresso no PTB de Kennedy Nunes (foto). Desta vez, o fiador para que haja unidade interna é o estatuto do partido, que prevê a defesa de temas conservadores nos costumes e liberais na economia. Tanto que Kennedy classificou o PTB como a "casa do conservadorismo". Não é a "casa do bolsonarismo", diz, porque os valores estão presentes desde antes de 2018 e ficarão para depois de Jair Bolsonaro.
Parlamentares federais do PSL, como Daniel Freitas, Caroline De Toni e Coronel Armando, também foram contatados, mas devem esperar a definição partidária de Bolsonaro, que está demorando a sair.
Podem haver outros partidos conservadores em Santa Catarina, disse Kennedy, minimizando eventual disputa de espaço com o PL, de Jorginho Mello. Se Bolsonaro indicar, o PTB catarinense vai apoiar Jorginho ao governo em 2022.
O Estatuto do PTB, assinado por Roberto Jefferson, o presidente nacional, defende a posse e o porte de armas, a criminalização da cristofobia, proibição da maconha, "defesa da vida desde a concepção" e uma nova Constituinte.
As prévias do MDB
Não há dúvidas de que o MDB se arrependeu de organizar prévias para disputa do governo do Estado. Apesar dos encontros regionais, a visão atual é de que o processo não surtiu os efeitos desejados e expôs mais rachaduras do que edificou. Não à toa, Valdir Cobalchini, líder da bancada na Alesc, faz um gesto de afago para Antídio Lunelli, supostamente minimizado no processo. Da mesma forma, trabalha para acabar com as prévias: a saída é um consenso geral, algo sempre desafiador no MDB catarinense.
A Poder SC é uma coluna impressa semanal da Agência Adjori/SC de Jornalismo. Atualmente, a veiculação acontece em mais de 30 jornais associados em todas as microrregiões de Santa Catarina. A coluna traz conteúdos relevantes da política estadual e dos poderes constituídos.
Alguns jornais da lista de publicação:
A Semana (Curitibanos)
A Tribuna do Vale (Rio do Campo)
Cabeço Negro (Apiúna)
Correio dos Lagos (Anita Garibaldi)
Correio Francisquense (São Francisco do Sul)
Correio Otaciliense (Otacílio Costa)
Destaque Regional (São Lourenço do Oeste)
Diário de RioMafra (Mafra)
Diário do Planalto (Canoinhas)
Folha da Serra (Lages)
Folha de Itaiópolis (Itaiópolis)
Folha de Videira (Videira)
Folha do Oeste (São Miguel do Oeste)
Folha Regional (Tubarão)
Gazeta do Vale (Balneário Arroio do Silva)
Imprensa do Povo (Pinhalzinho)
Informe (Caçador)
Jornal Cidadela (Joaçaba)
Jornal da Fronteira (Dionísio Cerqueira)
Jornal do Sul (Turvo)
Jornal Metas (Gaspar)
Jornal Nortesul (Passo de Torres)
Jornal Novoeste (Maravilha)
Nosso Rincão (Balneário Rincão)
Notícia do Litoral (Bombinhas)
O Celeiro (Campos Novos)
O Falcão (Abelardo Luz)
O Momento (Lages)
Sul Catarinense (Balneário Gaivota)
Testo Notícias (Pomerode)
Tribuna SC (Braço do Norte)
Vale do Norte (Ibirama)
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