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Senador Alessandro Vieira (MDB-SE). (Fotos: Saulo Cruz/Agência Senado)
A instalação da CPI proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE).acontece após operação das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que obteve expressivo apoio da população.
A CPI do Crime Organizado será instalada no Senado na próxima terça-feira (4), conforme informou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), após entendimento com o autor da proposição, senador Alessandro Vieira (MDB-SE).
Com 11 titulares e 7 suplentes, o colegiado vai investigar a forma de operação das organizações criminosas, as condições de instalação e como se desenvolvem em cada região do Brasil. A instalação da CPI acontece após operação das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que obteve expressivo apoio da população, conforme pesquisas e movimentação nas redes sociais.
Partidos de esquerda, ONGs internacionais e boa parte da imprensa criticou a operação. Deputados do PT enviaram ofício à Procuradoria Geral da República (PGR) solicitando a prisão preventiva do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que liderou a operação policial.
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População local demonstrou apoio à Operação (Fotos: Reprodução/Redes Sociais)
A Operação
Segundo a Política civil do Rio de Janeiro, o confronto com os traficantes fortemente armados resultou em 121 mortos, incluindo 4 policiais. Foram presos 113 suspeitos e apreendidos dez adolescentes, 118 armas, 14 artefatos explosivos, milhares de munições, dezenas de carregadores e toneladas de drogas
Maioria das armas usadas pelos traficantes vem de fora
Segundo o delegado Domingos Vinícius, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a análise dos fuzis apreendidos na Operação Contenção confirma o que muitos já suspeitavam: a imensa maioria das armas usadas pelo crime vem de fora do país. Foram identificados armamentos das Forças Armadas da Venezuela, Argentina e Peru, todos entrando por rotas ilegais via fronteira e Paraguai.
O delegado destacou ainda que quase nenhuma das armas é de CACs. A narrativa de que o crime estaria se abastecendo com armamento civil nacional não procede. Segundo ele, o problema está nas fronteiras abertas, na falta de combate ao tráfico internacional de armas, que abastece facções e transforma comunidades em zonas de guerra.
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Foram presos 133 suspeitos, sendo 30 de outros estados (Reprodução)
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Policiais enfrentaram traficantes fortemente armados (Reprodução)
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População local demonstrou apoio à Operação (Reprodução/Redes Sociais)
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