Após mais de dez anos do veto à criação de um Conselho Federal de Jornalismo pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a proposta voltou a ser pautada por profissionais reunidos no grupo Jornalistas Pró-Conselho
De acordo com a Folha de S.Paulo, a iniciativa foi lançada no último sábado (28/3) em São Paulo (SP). Agora, entretanto, a Federação Nacional dos Jornalistas, que havia apresentado a proposta em 2004, se manifestou contra. Para a entidade, o debate ressurgiu fora das orgnaizações tradicionais da categoria e criticou o rumo que o conselho estaria seguindo.
O presidente da Fenaj, Celso Schröder, afirmou que a prioridade agora é aprovar no Congresso Nacional, "nas próximas semanas", a Proposta de Emenda à Constituição que restaura a exigência do diploma para exercer a profissão.
Schröder pretende retomar a defesa do conselho, mas no antigo molde. Ele acredita que há o risco de se criar "conselhos conservadores, anti-sindicais, como ocorre em outros países".
"Onde está escrito que só pode haver discussão sobre problema dos jornalistas nos congressos da Fenaj? E os jornalistas não sindicalizados, que são, aliás, a maioria? A discussão tem que ser aberta", ponderou Fred Ghedini, ex-integrante do novo movimento.
Ghedini observou que, no grupo, "parte defende [autarquia] e parte acha melhor um conselho associação civil, como é no Chile". "Fico pensando que talvez fosse mais interessante o tipo chileno", opinou. Como associação civil, a entidade poderia abranger jornalistas de modo "muito amplo."
O representante da Fenaj defende que o formato não consistiria em um conselho "alinhado aos interesses dos jornalistas, garantindo as prerrogativas profissionais, mas com poderes para tal", como a entidade busca.
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