É o que mostra relatório da organização Repórteres Sem Fronteira, na matéria da Agência France Press

 A violência e a polarização persistem no continente americano", afirma a organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) em seu relatório anual sobre a classificação mundial dos países que respeitam a liberdade de imprensa, publicado nesta quinta-feira. A RSF, organização com sede em Paris, situa no topo dos países que mais respeitam a liberdade de informação Finlândia, Holanda e Noruega.

Os que menos a respeitam são Eritreia, Coreia do Norte e Turcomenistão. O Brasil, onde cinco jornalistas foram assassinados em 2012, ocupa a 108 posição, e, segundo o relatório, sofre com "fortes desequilíbrios". "Muito dependentes dos governos estatais, os meios de comunicação regionais são os que correm mais riscos de sofrer ataques, agressões aos seus funcionários, assim como ordens de censura judicial, que também afetam a blogosfera", aponta a RSF sobre a imprensa brasileira.

Cuba, por sua vez, figura na lista dos dez países nos quais a liberdade de imprensa é menos respeitada, segundo a ONG. Já a Costa Rica (número 18 na lista) e o Uruguai (27º) lideram na América Latina os Estados nos quais a liberdade de informação é mais respeitada. Para sua classificação, que inclui 179 países, a RSF se baseia em seis critérios: pluralismo, independência dos meios de informação, ambiente e autocensura, marco legal, transparência e infraestruturas de informação. 

No continente americano, a organização aponta a "violência e a polarização" persistentes, "avanços enganosos", assim como "sobressaltos variáveis no sul". "O surgimento de movimentos de protesto de envergadura - e sua repressão - modificou de forma considerável a posição de certos países em 2011. O refluxo destes movimentos muda logicamente a situação um ano mais tarde", considera a RSF.