- A uso da areia descartada no processo de fundição para o cultivo de hortaliças como alface e cenoura será tema seminário, em Florianópolis, no dia 9 de setembro. No encontro, será apresentado o estudo de caso da Tupy Fundição, além da experiência dos Estado Unidos com o reuso da areia de fundição para a agricultura.

O seminário, promovido pela Federação das Indústrias (FIESC), pela Associação Empresarial de Joinville (Acij) e pela Associação Brasileira de Fundição (Abifa), terá início às 8h30 e será realizado na FIESC, em Florianópolis.

"O evento pretende esclarecer o assunto, com relação ao qual existem preconceitos infundados", diz o presidente da Câmara da Qualidade Ambiental da FIESC, José Lourival Magri, para quem a disposição da areia em aterros não é a melhor solução ambiental. "O reaproveitamento do insumo amplia a vida útil dos aterros industriais, reduz a necessidade de retirar areia da natureza e agrega valor a um subproduto que pode ser aproveitado em atividades produtivas", afirma.

A areia é matéria-prima essencial à indústria de fundição para dar forma às peças. A areia que sobra desse processo é reaproveitada, mas cerca de 5% do montante é descartado, constituindo-se o principal resíduo sólido resultante dos processos de fundição.

Até bem pouco tempo, o destino desse resíduo era um só: o depósito em aterros industriais. Isto em função da legislação ambiental brasileira, que ao classificar as areias de fundição como resíduos classe II-A (não inertes), impedia sua destinação para outros fins.

Em 29 de setembro de 2008, o Conselho Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina (Consema) assinou uma resolução autorizando o uso de areias de fundição na composição de massa asfáltica e na construção de artefatos de concreto sem funções estruturais, tais como tijolos e lajotas para calçadas.

Apoiada em estudos feitos ao longo de anos por especialistas e no fato de que tanto na Europa quanto nos Estados Unidos areias de fundição há muito tempo são utilizadas na construção de estradas, na fabricação de artefatos de concreto e em cobertura de aterros, bem como na correção de solos agrícolas, empresas do setor vem participando ativamente de movimentos junto aos órgãos ambientais. O objetivo é mostrar que as areias podem ter outro destino, deixando de constituir um passivo ambiental.

Uma parceria entre a Tupy e a Epagri permitiu que pesquisadores da Estação Experimental de Itajaí conduzissem um experimento no qual cultivaram hortaliças folhosas (alface) e de raízes (cenoura) em canteiros preparados com areias descartadas de fundição. O objetivo principal desse experimento é comprovar que essas areias não contaminam as plantas e ao solo. Além disso, por serem ricas em minerais, atuam como corretivos de solo.

As inscrições para o evento são gratuitas e devem ser feitas pelos e-mails [email protected] ou [email protected]. Mais informações pelo telefone (48) 3231-4140.

 

Confira a programação

8h30 - Credenciamento
9 horas - Abertura

9h15
Estudo de caso Tupy: uso da areia descartada de fundição no cultivo de alface e cenoura
Palestrante: José Ângelo Rebelo, pesquisador da Epagri

10h15 - intervalo

10h30
Palestra: uso da areia descartada de fundição na agricultura dos Estados Unidos
Palestrante: Robert S. Dungan, pesquisador do Serviço Federal Americano de Agricultura
Dâmi Cristina Radin
Assessoria de Imprensa do Sistema FIESC
48 3231-4670 / 48 8421-4080
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