Com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a onda de atentados no Estado, Secretaria de Justiça e Cidadania se reuniu com vereadores da capital

A secretária de Justiça e Cidadania de Santa Catarina, Ada de Luca, apresentou nesta quinta-feira (14), diversos motivos para a segunda onda de atentados em Santa Catarina, entre eles, a super lotação, o crescimento da organização das facções criminosas no Brasil, e a insatisfação em relação ao trabalho de ressocialização dos presos. Ada esteve reunida com o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Leandro Lima, e o delegado Alexandre Kali, da Inteligência da Polícia Civil, na Câmara Municipal de Florianópolis. A secretária afirmou ser favorável à vinda da Força Nacional de Segurança, mas disse que a decisão cabe ao Governador. Ela também não quis confirmar a informação de que 350 homens estariam a postos e preparados para chegarem ao Estado nos próximos dias.

Segundo a Câmara de Vereadores, a secretária esclareceu as ações de combate aos atentados no âmbito do Sistema Prisional. Com relação à transferência de detentos ligados à facção criminosa suspeita de comandar os ataques no estado, a secretária não confirmou a data a ser realizada.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que está traçando, em parceria com o governo do Estado, um plano de segurança para combater a violência em Santa Catarina. A meta é frear a onda de ataques, que começou no dia 30 de janeiro. Na madrugada desta sexta-feira (15), o número de atentados chegou a 100.

De acordo com órgãos de segurança, os ataques podem ter relação com denúncias de maus-tratos em presídios catarinenses, transferências de presos e repressão ao tráfico de drogas. Os criminosos escolhem como alvo principalmente ônibus e outros tipos de veículos, edificações de órgãos públicos e casas de profissionais que atuam em órgãos de segurança pública.