92% dos brasileiros gostariam de ter mais informações sobre a epidemia de zika vírus no Brasil, revela pesquisa

Agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias e militares que atuam no combate ao Aedes aegypti contam com um novo canal de informações: o telefone 0800 645 3308. O serviço foi disponibilizado pelo governo federal esta semana e, segundo o Ministério da Saúde, oferece suporte para esclarecimento de dúvidas relacionadas à identificação de focos do mosquito.

A pasta reforçou que a iniciativa visa à expansão dos canais e meios de comunicação entre profissionais e gestores, para oferecer acesso rápido e de qualidade com orientações sobre a assistência à saúde e a adoção de práticas para impedir a proliferação do vetor, ampliando a autonomia das equipes.

O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30. Pelo telefone, os profissionais podem também esclarecer dúvidas sobre procedimentos a serem adotados pela população, como o uso de telas em portas e janelas, repelentes, inseticidas e roupas que reduzam a exposição de partes do corpo ao mosquito.

Para os médicos
O contato por telefone, de acordo com o ministério, já é utilizado por médicos e enfermeiros da atenção básica, incluindo participantes do Programa Mais Médicos. Para esses profissionais, o atendimento é feito pelo número 0800 644 6543, por meio do registro de identificação profissional e da Unidade Básica de Saúde à qual o profissional está vinculado.

Neste caso, são reforçadas as orientações sobre a utilização de serviços de saúde para o atendimento a casos suspeitos e demais orientações para a população sobre diagnóstico e tratamento das doenças causadas pelo mosquito e da microcefalia, além de outras dúvidas clínicas.

A pasta informou que também oferece um curso de atualização sobre dengue, chickungunya e Zika para auxiliar no combate ao Aedes aegypti. O material pode ser acessado por profissionais de saúde, membros das Forças Armadas e pela população em geral. O módulo pode ser acompanhado pela internet, com linguagem simples e de fácil entendimento.

O curso tem 16 horas de duração e oferece certificação ao final. Para acessar o conteúdo, é preciso fazer um cadastro na página da AVA-SUS ou do Telessaúde do Rio Grande do Sul. A expectativa do governo é que, pelo menos, os mais de 300 mil agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias se atualizem por meio da plataforma.

92% dos brasileiros gostariam de ter mais informações sobre a epidemia de zika vírus no Brasil.

É o que mostra pesquisa telefônica feita pelo instituto Ideia Inteligência em 66 cidades do país, divulgada pela coluna Radar on-line da Revista Veja. Segundo a colunista Vera Magalhães, a desinformação fica clara quando se vê que, questionados sobre a gravidade do problema, 20% dos entrevistados simplesmente não sabem responder. Outros 52% consideram o zika vírus um problema grave, e 20% reconhecem que há um problema, mas não o consideram de muita gravidade. Entre os entrevistados, 58% disseram saber como se dá a transmissão do zika vírus, contra alarmantes 42% que demonstraram ignorar que ela se dá pelo mosquito Aedes aegypti.

Questionados, 55% disseram estar fazendo sua parte para evitar a proliferação do mosquito. De novo, os 45% que admitem não estar dando sua contribuição são motivo de sobra para preocupação.