Ao mesmo tempo que a Articulação de Mulheres Brasileiras valoriza a iniciativa da Secretaria de Políticas Publicas para Mulheres, de lançar em 2010, o prêmio Prêmio “Boas Práticas na Aplicação, Divulgação ou Implementação da Lei Maria da Penha”, apresenta contra a premiação do Instituto Avon, agraciado pela SPM(Secretaria de políticas públicas para mulheres) na categoria “Idealização ou realização da campanha”.

A  Articulação de Mulheres Brasileiras - AMB tem entre suas frentes a luta pelo fim da violência contra as mulheres, um instrumento de opressão patriarcal, e atua com a convicção de que ações para coibir a violência devem, além de punir a prática da violência, promover a dignidade, autonomia econômica e direitos iguais para todas as mulheres.

A premiação da AVON, foge a esta visão do problema, é contraditória com a própria Lei Maria da Penha, que prevê inserção profissional das mulheres no mercado de trabalho, foge às Diretrizes Nacionais de Políticas para Mulheres e vai na direção contrária às metas do Plano Nacional de Políticas para Mulheres em vigor no que diz respeito ao trabalho.

A AVON é uma empresa privada transnacional que, no Brasil, mantém sobre forma precarizada de trabalho 1,1 milhão de mulheres que trabalham na revenda informal de produtos da empresa, sem qualquer proteção trabalhista.

A  AVON não respeita os direitos das mulheres nem a legislação do trabalho vigente no país, ao contrário agrava com sua prática, a situação de desigualdade das mulheres.