Projeto OAB nas Faculdades pretende melhorar a quantidade de aprovados

Instituição que prepara os melhores alunos agora está em mais de 60 unidades de ensino superior

 

Cerca de 19% dos bacharéis que se submetem ao exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) são bem sucedidos. Os dados são da Cespe (órgão responsável pela prova) e os motivos apontados para a reprovação de mais da metade dos candidatos são inúmeros. Entre eles está a mercantilização do ensino jurídico, no país, e o desinteresse dos candidatos. E é nesse contexto que surge o OAB nas Faculdades. O projeto, idealizado pela Rede de Ensino LFG, pretende oferecer atualização legislativa aos alunos que cursam o último semestre de direito, com a marca de qualidade do maior curso preparatório do Brasil. É da Rede LFG o mérito de preparar os primeiros colocados em 14 estados, na primeira fase nacional do concurso, realizado no último dia 13 de setembro. A partir de agora, qualquer faculdade de direito poderá se associar à instituição.

O alto índice de aprovação atingido pela Rede de Ensino LFG se deve à excelência no ensino oferecido pelos profissionais mais capacitados do mercado de concursos jurídicos. Além disso, a instituição é a primeira da América Latina a implantar cursos preparatórios telepresenciais. As aulas são transmitidas via satélite para mais de 350 unidades em todo o Brasil. À frente do empreendimento, existente desde 2002, está o professor Luiz Flávio Gomes, doutor em Direito Penal pela Universidade Complutense de Madri e mestre em Direito Penal pela Universidade de São Paulo.

Mesmo com o alto nível de aprovação atingido pela Rede LFG, a quantidade de bacharéis reprovados, no país, ainda é considerada grande. Segundo o professor Luiz Flávio Gomes, a mudança desta realidade depende não somente da OAB e do MEC, mas também dos professores, alunos de direito e das faculdades. “É chegada a hora de assumir nossas responsabilidades. Somar forças para formar um círculo virtuoso: esse nos parece o caminho correto. Recordemos: ‘Cada vez que pensamos que o problema não é nosso, essa atitude é o problema’ (Stephen R.Covey, americano, empresário e escritor)”.

A Rede de Ensino LFG pretende expandir os cursos para as faculdades, melhorando, desta forma, a qualidade da educação oferecida aos aspirantes a advogados. O professor Luiz Flávio Gomes explica qual é o fator que deve ser modificado no ensino jurídico brasileiro para ampliar a quantidade de aprovados no exame da Ordem. “Cabe ponderar o seguinte: a grade curricular das faculdades de direito são (praticamente) todas programadas para ensinar o conteúdo demarcado em dez semestres. O erro está em não programar o último semestre para uma revisão geral de tudo que foi ministrado ao longo do curso. Durante os primeiros nove semestres do curso (quatro anos e meio), muitas leis são ensinadas. Ocorre que, no Brasil, as leis mudam todo dia! De 1988 a 2009 foram mais de três milhões de normas novas. Como se esperar bons resultados no exame da OAB e no ENADE se o aluno não foi devidamente atualizado?“, completa.

O décimo período da faculdade de direito é considerado, pelo educador, como o momento de atualização, de recordação, de aquisição de técnicas específicas aplicadas no exame da OAB e Enade. “Ainda são poucas (praticamente nenhuma) as faculdades que estão afinadas com essa nova e revolucionária estratégia-curricular. Se ‘a necessidade é a mãe da invenção’, como dizia Platão, é momento de se mexer. Ou nos reinventamos continuamente, ou perecemos! A mudança contínua deve ser a única coisa permanente em nossa vida”.

O projeto OAB nas Faculdades atua efetivamente através de parceria entre as faculdades e a Rede de Ensino LFG, de modo que os alunos, ao chegarem no último semestre do curso de direito, terão acompanhamento dos profissionais da Rede. Até o final do mês de setembro deste ano, 60 faculdades de direito já haviam confirmado a inclusão no projeto. As instituições interessadas podem obter outras informações no endereço: www.lfg.com.br/oabnasfaculdades.