O primeiro evento-teste realizado em Santa Catarina, que ocorrerá nesta quinta-feira (29), em Florianópolis, reunirá mais de 540 pessoas, todas 100% vacinadas e monitoradas por meio de aplicativo desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). A promoção do evento - uma apresentação da Camerata Florianópolis - será acompanhada por membros da vigilância sanitária do governo estadual, do turismo, e por pesquisadores de universidades catarinenses. 

A apresentação terá uma série de exigências. Todo o público estará 100% vacinado, inclusive com o período de 15 dias após a segunda dose ou dose única; o uso de máscara PFF2 será obrigatório durante todo o evento (sem alimentação ou bebida); além de monitoramento da ventilação do ambiente e abertura de portas laterais do Centro Integrado de Cultura (CIC).

Os participantes serão monitorados. Ao entrarem no CIC, um aplicativo vai registrar a presença e será a ponte entre os pesquisadores das universidades e a vigilância sanitária para acompanharem o comportamento e possíveis sintomas do público em até 14 dias. A avaliação ocorrerá também durante o evento para definir se o público cumpriu as sinalizações visuais e o regramento. A entrada no teatro se dará por filas de cadeira, ingresso virtual e haverá distanciamento de 1,5 metro. 

Segundo a coordenadora do Grupo de Trabalho que definiu as normas do evento, Eveline Orth, a média de idade do público é 42 anos. O número surpreendeu a organização, que esperava presença maior de idosos já que a exigência é estar 100% vacinado. Para Orth, a dose única da Janssen garantiu a presença de pessoas mais jovens. 

O maestro da Camerata Florianópolis Jeferson Della Rocca disse que os músicos cumprirão distanciamento e usarão máscaras o tempo todo. O grupo escolheu músicas que não necessitam instrumentos de sopro, apenas cordas. A única apresentação cantada será realizada por um músico de Ituporanga, que escreveu uma canção especial sobre a perda do pai - vítima da Covid. A Camerata também fará uma homenagem aos profissionais de saúde. 

Para Della Rocca, o ambiente será muito mais seguro do que atividades já liberadas, como bares e restaurantes, por exemplo, onde as pessoas retiram as máscaras.

Os dados coletados pelas universidades farão parte de estudos científicos. A expectativa da organização é de que os resultados do evento-teste sejam reproduzidos em publicações científicas e sirvam de modelo para outros estados e outros países. 

"Basicamente esse estudo tem um objetivo de aplicar e avaliar o protocolo de segurança para realização de eventos culturais no Estado de Santa Catarina. Esse é o primeiro evento-teste e pode servir de modelo para outros eventos com esse mesmo formato ou com outros formatos. A partir desse trabalho, nós podemos estabelecer normas pré, durante e pós-evento. Nós queremos avaliar o impacto para o público, para os músicos e para a equipe de suporte", disse o superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Eduardo Macário. 




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