Pacientes são encaminhados para hospitais da região
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Pacientes aguardam no corredor de entrada das ambulâncias no Hospital Celso Ramos. (Fotos: Guto Kuerten)
Desde o começo da greve na saúde, mais de 800 cirurgias já deixaram de ser realizadas na unidade hospitalar
Após o fechamento do centro cirúrgico do Hospital Celso Ramos, a diretoria da unidade hospitalar orientou o Corpo de Bombeiros e Samu para encaminhar pacientes acidentados para o Hospital Regional de São José e para o Hospital Universitário, em Florianópolis. Pacientes que procuram o hospital de maneira espontânea também recebem a mesma orientação.
Até o final da manhã desta quarta-feira, cerca de 50 pacientes esperam por internação , alguns de forma precária , nos corredores do hospital, mas nem todos aguardam cirurgias. Seis pacientes foram encaminhados para cirurgia no Hospital de Santo Amaro da Imperatriz.
O Centro Cirúrgico do Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, está fechado desde a noite desta terça, dia 18. De acordo com o chefe de serviço de cirurgia do hospital, Roman Leon, o fechamento foi causado pela falta de profissionais no setor, situação que piorou após o início da greve na saúde pública de Santa Catarina, que já dura 57 dias.
Uma reunião entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Governador Raimundo Colombo está marcada para esta quarta.
No período, mais 800 cirurgias deixaram de ser realizadas . Até a noite da terça-feira ainda era possível fazer cirurgias em duas das sete salas do centro. Agora, segundo Leon, somente uma seguirá funcionando, apenas para atender casos gravíssimos.
Leon, que também é representante do Sindicato dos Médicos do Estado Santa Catarina (Simesc ) disse que se três pontos fossem atendidos, a situação poderia ser normalizada.
O mais importante deles seria a contratação de profissionais com vínculo permanente para atuar no Centro Cirúrgico e UTI.
– Essa situação acontece há dois anos e faltam profissionais que atuem no Centro Cirúrgico e UTI – disse Leon.
Os outros dois pontos são a compra de medicamentos que faltam na unidade hospitalar e a volta da negociação do governo com o SindSaúde.
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