No cerco que o Ibama está fazendo aos criadores ilegais de pássaros em Santa Catarina, mais uma grande apreensão aconteceu no estado. A operação Batendo Asas se deu simultaneamente em Três Barras, município da região Norte, Bom Retiro, no Planalto Serrano, e Alfredo Wagner, Blumenau e Pomerode, no Vale do Itajaí.
 

Segundo o agente ambiental federal Márcio Burgonovo, do escritório regional do Ibama em Itajaí, ações simultâneas trazem resultados muito positivos: ?Em uma semana de operação, apreendemos 218 pássaros, sendo 117 com apenas um infrator?, informou.
Entre os animais apreendidos, há cinco pixoxós, espécie ameaçada de extinção, dez pintassilgos, cinco graúnas, três bicos-de-pimenta, oito tico-ticos, 11 canários, 14 coleirinhos, 16 sabiás, 19 azulões e 21 trinca-ferros, todos com anilhas adulteradas ou falsificadas, além de um pintassilgo venezuelano, espécie silvestre exótica em cativeiro sem autorização do Ibama. Foram lavrados oito autos de infração e duas notificações, resultando em multas que ultrapassam os R$ 195 mil.
 

De acordo com Burgonovo, além de responder por crime ambiental, o infrator que adultera ou falsifica anilhas (anéis colocados nos pássaros de criação recém-nascidos, onde consta sua procedência) é enquadrado no Art. 296 do Código Penal Brasileiro e, se condenado, cumpre pena de dois a seis anos de reclusão, além do pagamento de pesadas multas. Para se ter uma ideia, cada pássaro ilegal apreendido origina multa de R$ 500,00 e, se estiver ameaçado de extinção, a multa passa para R$ 5 mil por indivíduo.
 

Conforme a analista ambiental Elenice Franco, chefe do Núcleo de Fauna do Ibama em Santa Catarina, a sociedade pode ajudar no combate a crimes ambientais, fazendo denúncias por meio da Linha Verde (0800 61 8080). O denunciante não precisa se identificar.