Tecnova, resultado da parceria entre Finep e Fapesc, com apoio da ACATE, irá disponibilizar mais de R$ 22,5 mi em recursos

O programa Tecnova - resultado da parceria entre a Finep e a Fapesc -, que irá disponibilizar mais de R$ 22,5 mi em recursos para projetos de empresas inovadoras de Santa Catarina, foi apresentado durante reunião da Câmara de Tecnologia e Inovação do Sistema FIESC, realizada na sede da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), nesta terça-feira (26). O programa, que irá selecionar entre 60 e 75 micro e pequenas empresas, tem como objetivo apoiar o desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos que agreguem valor aos negócios e ampliem os diferenciais competitivos. O evento foi conduzido pelo Presidente da Câmara de Tecnologia e Inovação da FIESC e ex-presidente da ACATE Alexandre D`Ávila Cunha, e contou com a presença de empresários, do presidente da ACATE, Guilherme Bernard; do secretário executivo da ACATE, Gabriel Sant`Ana; do secretário municipal de Ciência, Tecnolgia e Desenvolvimento Sustentável, Rui Gonçalves, além dos palestrantes da Finep Eduardo Martins e Luiz Coelho Lopes, e do coordenador de projetos da Fapesc, José Renato Garcia Dellagnello.

Para o coordenador de projetos da Fapesc, espera-se que o programa ganhe continuidade e se estabeleça como um modelo sólido de subvenção econômica. Dos recursos disponíveis para as empresas catarinenses, estão: R$ 15 mi da Finep, R$ 7,5 mi de contrapartida do Estado, mais R$ 50 milhões em consultoria pelo Sebrae. Já as empresas, deverão entrar com 5% de contrapartida, no caso das micro e, 10%, no caso das pequenas empresas. O período de execução dos projetos é de até 36 meses, sendo que o edital já está sendo elaborado (data prevista de publicação: final de abril) e espera-se que as contratações tenham início ainda em setembro deste ano. Os projetos inscritos poderão ter custo entre R$ 180 mil e R$ 600 mil, em diferentes setores da economia catarinense, como cadeia de alimentos, indústria moveleira, plásticos, metal-mecânico, têxtil, tecnologia da informação e comunicação e etc.

O comitê gestor do Tecnova, o qual irá atuar na seleção dos projetos que se candidatarem por meio do edital, ficará sob presidência da Fapesc e será formado também pela ACATE, Fundação Certi e pelo Sistema FIESC. Confira mais informações sobre o programa no link http://www.finep.gov.br/pagina.asp?pag=programas_tecnova

Entre os desafios enfrentados pelas micro e pequenas empresas e que também estão sendo analisados pelo Tecnova é o rigor do modelo de prestação de contas, diante da dificuldade de se prever o que pode acontecer durante um processo inovador. Outro tema levantado pelos participantes do encontro foi o tempo disponível para a execução dos projetos, que tende a beneficiar processos de inovação mais incrementais, do que projetos inovadores de fato, que em alguns setores, como o de farmacologia, costumam demorar mais do que dois anos.

Para o presidente da Câmara de Tecnologia e Inovação, é bastante interessante dar continuidade ao Tecnova, realizando novos editais a partir do ano que vem. “Agora talvez algumas empresas não estejam preparadas para atender às demandas de seleção e para levantar recursos para a contrapartida, mas no ano que vem, o cenário pode ser diferente.” Outras demandas foram indicadas à Finep, entre elas está a rediscussão do fundo de aval e a mudança na dinâmica de análise dos projetos, que têm previsão média de seis meses.

Durante o encontro, o analista de projetos da Finep, Eduardo Martins, apresentou também detalhes do programa Inova Brasil, que tem objetivo semelhante ao do Tecnova - tornar as empresas brasileiras mais competitivas -, mas é voltado a medias e grandes empresas (faturamento acima de 16 milhões de reais). A ausência de cobertura a determinadas faixas de faturamento de empresas (entre R$ 3,6 mi e R$ 16 mi) foi destacada pelo secretário Gonçalves, que mencionou ser uma parcela significativa das empresas do setor em Florianópolis.

O Inova Brasil tem entre os setores prioritários o de TICs, Defesa Aeroespecial e Aeronáutica, Petróleo e Gás, Energias Renováveis, entre outros. A Finep pode entrar com até 90% do valor do projeto, que deve ter valor mínimo negociável de R$ 10 mi.