MEC conclui trabalho de revisão das diretrizes curriculares do curso de jornalismo
A comissão de especialistas em ensino de jornalismo entrega ao Ministério da Educação proposta de revisão das diretrizes curriculares do curso. Na foto, a secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci, o ministro, Fernando Haddad, e o presidente da comissão, José Roberto Melo
O Ministério da Educação recebeu na última 6ª feira, 18, o relatório da comissão formada para rever as diretrizes curriculares do curso de jornalismo. A principal sugestão do grupo, formado por renomados professores e pesquisadores da área, foi uma maior integração entre prática e teoria durante a formação. As diretrizes serão enviadas ao Conselho Nacional de Educação para aprovação e devem entrar em vigor a partir de 2010.
A partir dos trabalhos que incluíram audiências públicas em diversas partes do país, a comissão determina que o estágio supervisionado volte a ser obrigatório para a formação. O presidente da comissão, professor José Marques de Melo, acredita que as novas diretrizes vão contribuir para uma valorização do diploma após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a obrigatoriedade do instrumento para o exercício da profissão.
“Essa revisão dos currículos dará mais peso ao diploma porque os jornalistas que se formarem com essas orientações serão bem mais competentes para atender às necessidades da sociedade e das empresas”, disse. A comissão também determinou a ampliação da carga-horária do curso de 2,8 mil para 3,2 mil horas e sugere uma diversificação dos currículos. Segundo Melo, hoje eles estão “homogeneizados”.
O trabalho da comissão começou antes da decisão do STF de revogar a obrigatpriedade do diploma. Além do curso de jornalismo, o MEC já revisou as diretrizes curriculares de medicina, direito e pedagogia. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, essas são áreas estratégicas para a garantia dos direitos sociais. “Em função da sua importância para a questão democrática, a sociedade e os meios de comunicação precisam ter profissionais altamente qualificados”, afirmou.
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