Lei Seca prende 48 motoristas em rodovias federais do Estado
-
Policiais rodoviários intensificaram a fiscalização no feriado. (Fotos: Luiz Evangelista/ND)
Na maioria dos casos, os próprios policiais serviram como testemunhas
Desde sexta-feira, quando a lei seca mais rígida entrou em vigor, a Polícia Rodoviária Federal já flagrou 61 pessoas dirigindo sob efeito de álcool nas estradas catarinenses. Entre quem soprou ou não o bafômetro, 48 foram presos e responderão criminalmente na Justiça, além de arcarem com a multa de trânsito R$ 1.915,30. Na maioria dos casos, os próprios policiais serviram como testemunhas ou recrutaram terceiros para que prestassem depoimentos sobre os casos. Mas valem provas como o auto de embriaguez, filmagens, fotografias e outros.
Segundo a nova lei, quem apresentar perda de reflexos e falta de coordenação, mesmo sem soprar o bafômetro será encaminhado para as delegacias. Fica a cargo da autoridade do delegado autuar o motorista em flagrante por crime ou firmar Termo Circunstanciado.
Quem for parado com sinais de ingestão de bebida alcoólica, mas conseguir manter coordenação motora e reflexos aceitáveis, pode escapar de um processo criminal, mas dificilmente se livrará da infração de trânsito. A menos que sopre o bafômetro e prove que consumiu abaixo do nível aceitável.
Falta homologação
Segundo o inspetor Luiz Graziano, a PRF ainda aguarda o Contran homologar quais os sinais que indicam alteração da capacidade psicomotora, mas garante que a lei já está sendo cumprida. “Temos uma lista de elementos que verificarmos a condição psicomotora do condutor, se ele estiver alterado, encaminhamos para a delegacia”, explicou.
Nos próximos meses, o Contran deverá regulamentar a nova lei e esclarecer critérios como até que ponto alguém que bebeu teve ou não sua capacidade de reflexo alterada a ponto de não poder voltar para casa. A resolução também deverá arbitrar o valor da fiança, que deverá ficará em 25% do valor do veículo conduzido pelo motorista flagrado. Além de oficializar os tipos de provas aceitas no direito que poderão ser usadas por policiais, vítimas ou testemunhas contra motoristas embriagados.
Deixe seu comentário