3. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NO BRASIL

1.1 – O Ministério da Saúde informa que foi notificado, nesta sexta-feira (10), da morte de um paciente infectado pelo novo vírus influenza A (H1N1), em São Paulo. Este é o segundo óbito registrado no país em conseqüência da nova gripe. Trata-se de uma criança de 11 anos, que morreu no último dia 30 de junho, em um hospital privado, dois dias após o início de sintomas.

 

1.2 – As vigilâncias epidemiológicas do estado e do município estão investigando os contatos da criança e da família para encontrar possíveis vínculos com pacientes vindos do exterior ou com pessoas sintomáticas de gripe.

 

1.3 – O Ministério lamenta a ocorrência do segundo óbito e reitera que todas as medidas vêm sendo tomadas, em parceria com estados e municípios, para diminuir a disseminação da doença e oferecer tratamento ágil em sua rede pública a todos que necessitem.

 

1.4 – É importante ressaltar que a maioria absoluta das pessoas infectadas pela nova gripe manifesta sintomas leves, parecidos com os da gripe comum, e se recupera rapidamente. A letalidade média da nova gripe no mundo (0,45%) é igual à da gripe sazonal. No Brasil, esta taxa, no momento, é bem inferior à média mundial. Confira as taxas de letalidade pelo mundo:

1.5 – O Ministério orienta a população que, ao sentir sintomas de gripe (febre, tosse, coriza e dores de garganta, de cabeça ou pelo corpo), procure o serviço de saúde mais próximo, para avaliação de um médico.

 

 

2. OCORRÊNCIA DE CASOS NO BRASIL

 

2.1 – Nesta sexta-feira, foram confirmados 52 NOVOS CASOS de infecção pelo Influenza A (H1N1), nos estados de São Paulo (13), Minas Gerais (11), Rio Grande do Sul (11), Rio de Janeiro (9), Pará (3), Tocantins (3), Alagoas (1) e Pernambuco (1). Dois casos do Paraná foram excluídos por erro no preenchimento do banco de dados.

 

2.2 – Com as atualizações, o Brasil registra 1.027 CASOS CONFIRMADOS da doença. Esses casos são o resultado acumulado desde as primeiras notificações no país, em 8 de maio. A quase totalidade desses pacientes já recebeu alta ou está em processo de recuperação.

 

2.3 – Os números referem-se a informações repassadas pelas Secretarias de Saúde dos Estados, Municípios e do Distrito Federal até as 15h desta sexta-feira. Todos os casos identificados após esse horário serão contabilizados no próximo boletim.

 

2.4 – IMPORTANTE: a partir da próxima semana, este boletim será publicado semanalmente, às quartas-feiras.

 

2.5 – Até 8 de julho, eram acompanhados 2.973 CASOS SUSPEITOS no país. Outros 1.538 CASOS haviam sido DESCARTADOS.

 

3. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NO BRASIL

 

2.1 – Até 8 de julho, dos 977 casos confirmados e registrados no SINAN, 563 (57,6%) foram de pessoas que se infectaram no exterior e 278 (28,5%), de transmissão autóctone (ocorrida dentro do território nacional). Outros 136 casos permaneciam em investigação.

 

2.2 – Os principais locais de provável infecção dos casos importados foram Argentina (359 casos), Estados Unidos (97) e Chile (61).

 

2.3 – Com exceção do óbito registrado nesta sexta-feira e familiares da vítima infectados, cuja transmissão ainda está em investigação, todos os casos autóctones têm vínculos epidemiológicos com pacientes procedentes do exterior. Desse modo, o Ministério da Saúde considera que, até o momento, a transmissão no Brasil não apresenta evidências de sustentabilidade da transmissão do vírus de pessoa a pessoa.

 

 

4. CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS NO MUNDO

 

3.1 – Segundo a última atualização da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 6 de julho, havia 94.512 casos da nova gripe, em 122 países, até aquela data. O número de óbitos foi de 429, com uma taxa de letalidade de 0,45%.

 

3.2 – Ainda de acordo com a OMS, 35 países têm casos autóctones: Europa (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estônia, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido); Américas (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, México, Panamá, Peru e Uruguai); Ásia (Japão); África (Egito) e Oceania (Austrália).

 

3.3 – Em sete deles, a transmissão do vírus entre pessoas é considerada sustentada: Estados Unidos, México, Canadá, Chile, Argentina, Austrália e Reino Unido.