Indústria de SC tem alta de 8,25% nas vendas entre janeiro e novembro

Apesar da queda registrada em novembro em relação a outubro, as vendas da indústria catarinense acumularam alta de 8,25% nos 11 primeiros meses de 2007 sobre o mesmo período de 2006. Os números, levantados pela Federação das Indústrias (FIESC) com mais de 200 grandes e médias indústrias do Estado e divulgados nesta segunda-feira (14), mostram que também registram alta entre janeiro e novembro as horas trabalhadas na produção (1,37%), as remunerações pagas pelas indústrias (8,23%) e a utilização da capacidade instalada (mais 1,22 ponto percentual, ficando em 83,75%).

Segundo a FIESC, a queda nas vendas no mês de novembro é normal, já que em outubro a produção tradicionalmente aumenta para atender a demanda de natal ? em 2007, o crescimento em relação a setembro foi de 15,05%. A expectativa é que dezembro também deverá ter números fracos, refletindo o início do período de férias coletivas em diversas empresas.

Mesmo com a perda de ritmo em novembro, o ano vai chegando ao fim com bons resultados para a indústria em relação a 2006, dado o crescimento já acumulado entre janeiro e novembro. O mercado interno foi o principal responsável pelo avanço, mas o crescimento de 23% nas exportações de SC em 2007 em relação a 2006, acima dos 16% de aumento na média nacional, também contribuiu para o bom resultado. Para a FIESC, as expectativas para 2008 continuam sendo positivas.

O crescimento entre janeiro e novembro de 2007 foi concentrado em três setores importantes da indústria catarinense: alimentos e bebidas (19,61%), produtos de metal (16,28%) e máquinas e equipamentos (14,09%). Outros dois segmentos com forte incremento foram cristais e vidro (12,78%) e material eletrônico e equipamento de comunicação (11,22%). Registraram queda nas vendas nos 11 primeiros meses do ano passado as indústrias de confecções, artigos do vestuário e acessórios (-5,74%), produtos de madeira (-5,21%), cerâmica para revestimento (-3,58%) e móveis (-3,42%).

A utilização da capacidade instalada nas indústrias catarinenses manteve a tendência de alta e ficou em 83,75% entre janeiro e novembro. Vários segmentos industriais operam com mais de 90% de sua capacidade de produção: alimentos e bebidas (91,76%), celulose e papel (90,22%), cerâmica (91,44%), máquinas e equipamentos (90,93%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (95,95%).