Afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, durante a abertura da 2° edição da SC Expo Defense

Na abertura da 2° edição da SC Expo Defense, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, disse que a base industrial de defesa é essencial, fornecendo a independência tecnológica, a capacidade produtiva e a logística necessárias para a defesa do país. "Nossas indústrias de defesa são importantes não só para as Forças Armadas e de segurança brasileiras. Elas contribuem de forma intensa para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, que, naturalmente, transbordam para a área comercial, beneficiando toda a sociedade", disse. O evento é realizado pela Federação das Indústrias (FIESC), na Base Aérea de Florianópolis. A solenidade de abertura ocorreu na manhã desta quinta-feira, dia 19, com a presença de lideranças industriais e políticas, além de militares brasileiros e de mais cinco países.

Nogueira informou que o Ministério está atualizando e formulando políticas voltadas para alavancar as empresas. "Foram criados recentemente mais seis instrumentos de estímulo. Precisamos desenvolvê-los de forma adequada para que nossa indústria possa prosperar e concorrer em condições igualitárias no mercado internacional", salientou.

Em seu discurso, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, disse que não existe país forte e soberano sem uma defesa e segurança fortes. "Isso precisa de muito conhecimento científico e tecnológico e precisa ser percebido porque transborda não apenas para o ambiente da defesa, mas para toda a sociedade. Não investir em tecnologias de defesa e segurança pode, no futuro, limitar o acesso a conhecimentos fundamentais para a soberania tecnológica da nação", afirmou.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou que a feira traz grande oportunidade para o desenvolvimento do setor fabril como fornecedor de produtos e serviços, com avanços tecnológicos relevantes, que trarão competitividade ao setor. "Sob a ótica das Forças Armadas, representa a possibilidade de diversificar fornecedores com a participação de um parque industrial moderno e diferenciado, como o catarinense. As vendas da indústria de nosso estado para as Forças Armadas cresceram ao longo dos últimos anos e em 2021 superaram os R$ 300 milhões. Mas o mais importante é que temos um grande potencial para o desenvolvimento de negócios pela frente", disse.

Ele disse ainda que, com a Expo Defense, a entidade busca agregação de tecnologia e inovação aos produtos. "Afinal, inovação e tecnologia são sinônimos de agregação de valor, o que se reflete também para os demais mercados de atuação das indústrias", completou.

O presidente do Comitê da Indústria de Defesa da FIESC (Comdefesa), César Olsen, ressaltou a importância da indústria local para a defesa nacional. Ele informou que Santa Catarina já tem 14 empresas que são consideradas estratégicas de defesa. "A mensagem que deixamos para os empresários é que participem da defesa nacional. Sem a participação da indústria local nada acontece. Podemos suprir as Forças Armadas com os produtos produzidos aqui", afirmou.

Ainda durante a cerimônia, foi realizada a assinatura do acordo de cooperação entre a FIESC e o Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro. A iniciativa prevê o intercâmbio de conhecimento entre a instituições.

A SC Expo Defense é patrocinada por: Apex Brasil, Elanus, Flic, Intelbras, RedTech Security, SENAI, SESI, CNI, Quartzo, Fundação CITeB, Dígitro, Metisa, SENAI-PR, EAB, B.Lotti, Bovenau, BoxTop, Bremer/Brevil, Certi, Clemar Engenharia, Contronics, Cravil, CSD, Datacabos, Desmodus, Fishing Company, Global Drones, GreyLogix Brasil, Olsen, Parks, Rafitec/Propex, Riosulense, Simmmers, Terä, UsiRota, Vlavi e VK Parafusos. Participa como co-realizador o SEBRAE. O evento tem ainda o apoio institucional da Abimaq, Abimde, ABNT, Prefeitura de Florianópolis e SIMDE, além do apoio do Ministério da Defesa.