As condições musculares são os melhores indicadores da saúde das pessoas:

 As condições musculares são os melhores indicadores da saúde das pessoas: músculos rijos, alongados e tonificados revelam um estilo de vida, via de regra, saudável enquanto músculos flácidos, curtos e atrofiados indicam vida sedentária e baixa resistência física.


O médico ortopedista e traumatologista, Joaquim Reichmann, diretor da Clínica Reichmann, de Chapecó, especializada em ortopedia, traumatologia, medicina desportiva e dor, aponta que estão cada vez mais freqüentes os casos de atrofiamento muscular. Geralmente causado por falta de uso da musculatura, o problema pode, também, derivar de doenças neurológicas ou outras doenças que afetam o sistema muscular.


São relativamente comuns os casos de atrofiamento por falta de uso, decorrentes de recuperações pós-lesões ou pós-cirúrgicas. Nesses casos, nada é mais eficaz que o exercício físico para reverter o processo. “Deve-se dar ênfase a exercícios ativos contra resistência”, prescreve Reichmann.


O atrofiamento da região lombar e dos joelhos deve ser combatido com exercícios de fortalecimento dos músculos paravertebrais e lombares, além de exercícios para fortalecer a coxa. “Não se deve esquecer de alongar os músculos, porque quando alongamos também estamos melhorando sua capacidade contátil e fortalecendo-o”, orienta Reichmann.
Essas atividades devem iniciar o mais rápido possível no caso de recuperação pós-lesões ou decorrentes de cirurgias. No caso das artroscopias de joelho (cirurgia que requer pequenos cortes), pode-se caminhar no mesmo dia. No pós-operatório de ligamento de joelho, a fisioterapia e os exercícios já iniciam no primeiro ou segundo dia após a cirurgia.
Cresceu o número de pessoas que procuram as clínicas ortopédicas com problemas de atrofiamento de musculatura. As queixas básicas dos pacientes não são da causa do problema (a atrofia muscular em si), mas dos seus sintomas que são as dores nos joelhos e nas costas, decorrentes desta condição de fraqueza.


O ortopedista explica que idade avançada favorece a atrofia muscular. “À medida em que envelhecemos, perdemos massa muscular e capacidade contátil em todo o corpo, deficiência que deve ser compensada com exercícios”. Por isso, a pessoa que não pratica nenhum exercício físico é forte candidata a ter atrofia e encurtamento muscular. O fenômeno também está relacionado com a diminuição dos hormônios.


A musculatura mais propensa a sofrer atrofia é o deltóide (músculo triangular que recobre a articulação do ombro), dorso e coxas. Entretanto, exercícios regulares – como de musculação, exercícios de flexibilidade e aeróbico - são ideais. Hidroginástica e natação também são bons exercícios.