Governador assina ordem de serviço para reforma de rodoviária em Florianópolis
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Todos os dias 8 mil pessoas passam pelo local (Fotos: Luiz Evangelista/ND)
Valor da obra é de R$ 6,7 milhões, com prazo para execução de um ano
O governador Raimundo Colombo vai assinar, na segunda-feira, 21, a ordem de serviço para a reforma do Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis. A solenidade será às 10h, na rodoviária. O valor da obra é de R$ 6,7 milhões, com prazo para execução de um ano. O edital prevê a impermeabilização do telhado e recuperação das estruturas da cobertura e do subsolo. Inaugurada em 1981, a rodoviária nunca passou por uma grande reforma. Foram feitos apenas reparos emergenciais. No ano passado, durante a temporada de verão, parte do telhado caiu.
O terminal rodoviário ocupa uma área de 15 mil metros quadrados. Todos os dias passam pelo local cerca de 8 mil pessoas e circulam aproximadamente 500 ônibus. Erguido em concreto, metal, vidro e madeira, a estrutura apresenta vários pontos de corrosão.
O projeto arquitetônico do terminal é do uruguaio Yamandu Carlevaro e, até hoje, é referência em todo o país. O telhado é formado por 144 blocos de concreto de 24 toneladas cada um. Por causa do peso, foi preciso importar um guindaste especial da Alemanha para erguer e encaixar as estruturas. A obra durou cerca de três anos.
Quem foi Rita Maria
Na antiga Desterro, entre o Morro do Cemitério (desmontado para dar acesso à Ponte Hercílio Luz) e o Forte Santana, havia uma comunidade com cerca de 30 casas. Esse lugarejo chamava-se Praia da Feira, devido ao comércio de aves, frutas, pescados e produtos da lavoura. Aportavam ali, muitas embarcações, trazendo imigrantes de vários lugares.
Segundo o historiador Osvaldo Rodrigues Cabral, Rita Maria teria vivido nesse local entre os séculos XVIII e XIX, pois nos mapas datados de 1794, já constava o seu nome. De acordo com o historiador, existe uma certa polêmica sobre esse nome, pois uns atribuem a um homem negro de sobrenome Rita Maria e outros à filha de escravos, conhecedora dos segredos das rezas e dos chás.
Era uma figura risonha, que recebia a todos com alegria. Não há fotos dela, mas está imortalizada na escultura de sucata feita pelo gaúcho Paulo Siqueira, em frente ao terminal.
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