A importância da empresa apoiar e desenvolver ações relacionadas à qualificação e formação escolar de seus trabalhadores será tema de encontro que o Sistema Fiesc promove nesta quinta-feira (29), no Salão Nobre do Lang Palace Hotel (Rua Sete de Setembro, 150 D, Centro), a partir das 19h30, em Chapecó. O evento faz parte do movimento "A Indústria Pela Educação" e terá a participação de empresários, profissionais de recursos humanos, representantes da classe patronal, autoridades políticas e membros da sociedade civil organizada.
Lançado em setembro, o movimento incentiva empresas de Santa Catarina a destinarem maior atenção a ações voltadas para a área, além de prever investimento de R$ 330 milhões em ações educacionais pelas entidades que compõem o Sistema Fiesc – Sesi, Senai e IEL.
Com a mobilização da classe empresarial e da sociedade, as entidades esperam registrar mais de 800 mil matrículas nos próximos três anos, gerando em melhorias não apenas sociais, mas também relacionada à formação de profissionais mais qualificados e aptos para o novo contexto de inovação e aprendizado contínuo. “Temos trabalhado para a melhoria da competitividade da nossa indústria, que precisa, mais do que nunca, de trabalhadores qualificados. Para tanto, precisamos promover uma verdadeira revolução na formação dos trabalhadores do setor”, afirma o presidente do Sistema Fiesc, Glauco José Corte.
O déficit educacional, além de um problema social, também é um entrave às empresas brasileiras. Pesquisa realizada em 2011 pela CNI aponta que quase 70% das indústrias têm dificuldade de encontrar trabalhadores com a formação desejada - seja por educação básica ou por formação profissional. No Brasil, apenas 6,6% dos brasileiros com idade entre 15 e 19 anos estão em cursos de educação profissional, enquanto na Alemanha esse índice é de 53%.
O vice-presidente regional da Fiesc, Waldemar Schmitz, realça que em Santa Catarina cerca de 400 mil trabalhadores das indústrias não têm escolaridade básica completa. Esse quadro faz com que o país ocupe a 77ª posição no ranking elaborado pela Organização Internacional do Trabalho sobre produtividade dos trabalhadores. Além disso, prejudica a capacidade das empresas de inserir novas tecnologias, aumentar sua produtividade e inovar.
A forma como a educação pode contribuir para a mudança desse quadro e o aumento da competitividade das empresas será tema de debate no evento em Chapecó, que terá a participação do membro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, Mozart Neves.
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