Medida preventiva foi motivada por vazamento de óleo no bairro Tapera.

Um ofício emitido pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) proibiu a atividade pesqueira e o banho na região entre a Praia da Mutuca, no bairro Tapera, e a Freguesia do Ribeirão da Ilha. A medida tem caráter preventivo e foi motivada pelos reflexos causados pelo vazamento de 12 mil litros de óleo de dois transformadores desativados da Celesc no mês de novembro.

De acordo com o documento, emitido quinta-feira (10), o embargo é temporário e preventivo. Ele proíbe qualquer tipo de contato com fauna ou flora do ambiente interditado, assim como veta o comércio de peixes, ostras, mariscos ou qualquer outro fruto do mar extraído ou pescado na região atingida. A medida foi tomada com base no artigo 57 da Lei Estadual número 14.675, de 2009, que dispõe sobre casos de risco de dano ao meio ambiente e à saúde pública.

O laudo indica presença de "concentrações significativas de substâncias denominadas 'Bifenilas Policloradas', que podem trazer sérios problemas ao meio ambiente e à saúde pública". Segundo Anderson Atkinson da Cunha, analista ambiental da Fatma, os dados são resultado de uma análise feita no canal onde aconteceu o vazamento do óleo, no bairro Tapera. "Houve derramamento de uma concentração muito acima do permitido para áreas de cultivo de ostras, mariscos e berbigão. Descobrimos que esta substância é tóxica e não sabemos se passou da área de mangue, para a região de cultivo", explica Cunha.

Segundo o analista ambiental, foram coletadas amostras na área embargada, para verificar se a substância tóxica atingiu a área de cultivo de ostras, mariscos e de extração de berbigão. Ainda não há previsão de quando serão divulgados os relatórios destas análises. Até lá, a área de 730 hectares continuará interditada.

A Prefeitura de Florianópolis informou que hoje irá instalar placas informativas na região.