A Facisc realizou nesta terça-feira, 14/6, uma reunião para fortalecer os laços e promover negócios entre as empresas de Santa Catarina. O encontro reuniu cônsul geral Honorário da Romênia, Edson Roberto Dreher, líderes da Câmara da Indústria e Comércio da Romênia, o Escritório Encarregado de Negócios da Roménia, líderes da Facisc e empresários interessados em ampliar seus negócios. Segundo o diretor de Relações Internacionais, Sérgio Matte, esta primeira reunião teve como objetivos interagir e construir uma agenda de trabalho, e a realização de uma futura missão àquele país. "A Romênia pode ser uma porta aberta de entrada para Europa", destacou.
Cristian Bogdan, encarregado de Negócios da Romênia, disse que o país quer abrir oportunidades com Santa Catarina e construir parceria a longo prazo.
Com cerca de 20 milhões de habitantes, a Romênia é considerada uma economia de renda média-alta. Nos últimos anos, o país vem apresentando relativa estabilidade macroeconômica, caracterizada por um crescimento elevado, baixo desemprego e inflação em declínio. Diante disso, tem atraído uma quantidade crescente de investimentos estrangeiros, tornando-se o destino de maiores investimentos da Europa Central e dos Bálcãs. Segundo Matte, as oportunidades de intercâmbio são muito grandes, especialmente em função das afinidades entre a Romênia e Santa Catarina.
A Romênia tem uma área de quase 238 km2, mais ou menos o tamanho de São Paulo, com 19,1 milhões de habitantes. Desde 2007 é membro da União Europeia. Em 2019, a Romênia assumiu a presidência da União Europeia. Só a capital Bucareste tem 3 milhões de habitantes. Em 2021 teve um crescimento de quase 6% . Investimentos estrangeiros diretos de quase 7,3 bilhões de euros. "Isso mostra a confiança dos investidores estrangeiros na economia romena". É o terceiro menos salário mínimo da União Europeia. Para investidores estrangeiros isso é considerado um diferencial, pois se tem um gasto menor com mão de obra. Em relação à inflação, a previsão para este ano é em torno de 10% considerando que a Europa tem uma situação de guerra e isso afeta toda a economia do continente.
Investimentos estrangeiros foram 30% para a indústria. Outro destaque foi para indústria de informática e comunicação. A qualidade do ensino romeno é reconhecida mundialmente e é um dos motovos que atrai tantos investimentos estrangeiros. "Investimentos fortes em pesquisa e desenvolvimento formando uma mão-de-obra altamente qualificada". Empresas como Renault, Ford e Porshe na área automotiva, Microsoft, IBM, Amazon, Siemens na área de TI e Comunicação, abriram seus centros de pesquisas na Romênia. "A maioria concentradas em centros universitários".
Outro ponto importante é a questão tributária. Não há taxação sobre o valor investido. Se tem um imposto único que chega a média máxima de 19%. "Não há cascata de imposto, não há bi-tributação nem tri-tributação como no Brasil", explicou o cônsul Edson Roberto Dreher . Investimentos em capital intelectual, construção de novos prédios e aquisição de novas máquinas têm subsídio do Governo. "Esta apresentação mostra a posição da Romênia e seu papel na Europa", explicou Cristian.
Balança Comercial
A balança comercial está a favor do Brasil. A Romênia importa principalmente produtos agrícolas, cerca de 90% recursos minerais. As exportações da Romênia para o Brasil são de 85% de produtos manufaturados, 40% de peças de reparação automotivas, instrumentos de precisão, e produtos de da indústria química.
Cristian convidou os empresários para uma missão econômica e agradeceu aos empresários que visitaram o stand da Romênia na Feira de Hannover. Já o diretor da Facisc Sérgio Matte disse que a Facisc vai construir uma agenda de trabalho e promover a geração de negócios. O cônsul disse que uma forma de ampliar este laços é conhecer o que cada um pode contribuir para o crescimento dessas relações.
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