Santa Catarina é a unidade da Federação com a maior expectativa de vida, de 78,4 anos

A expectativa de vida dos brasieliros aumentou para 75 anos e dois meses (75,2), em 2014, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa é três meses e 18 dias superior à do ano anterior, que era de 74,9. Os dados fazem parte da Tábua Completa de Mortalidade, publicada na edição de hoje (1º) do Diário Oficial da União.

Unidades da Federação

Com grande vantagem sobre a segunda colocada, Santa Catarina é a unidade da Federação com a maior expectativa de vida, de 78,4 anos. Os homens catarinenses passaram a ter expectativa de vida de 75,1 anos, e as mulheres, 81,8 anos. O Distrito Federal, com 77,6 anos, e o Espírito Santo, com 77,5, ficaram em segundo e terceiro lugar.

Os três estados da Região Sul, os quatro estados do Sudeste e o Distrito Federal ocupam as oito primeiras posições - todos com expectativa de vida superior à média nacional (75,2 anos). Depois deles, o Rio Grande do Norte apresenta a maior taxa, que coincide com a média do Brasil.

A menor expectativa de vida ao nascer é a dos maranhenses (70 anos). O Piauí tem a segunda menor, com 70,7 anos. Alagoas, aparece em seguida, com 70,8 anos.

tabela expectativa de vida.gif

 

Evolução dos dados referentes à expectativa de vida no Brasil

Ano

Expectativa de vida ao nascer

Diferencial entre
os sexos (anos)

Total

Homem

Mulher

1940

45,5

42,9

48,3

5,4

1950

48,0

45,3

50,8

5,6

1960

52,5

49,7

55,5

5,9

1970

57,6

54,6

60,8

6,2

1980

62,5

59,6

65,7

6,1

1991

66,9

63,2

70,9

7,8

2000

69,8

66,0

73,9

7,9

2010

73,9

70,2

77,6

7,4

2014

75,2

71,6

78,8

7,2

? (1940/2014)

29,7

28,7

30,5

 

 

De 1940 a 2014, mortalidade infantil caiu 90,2%

De 1940 a 2014, a esperança de vida ao nascer para ambos os sexos passou de 45,5 anos para 75,2 anos, um aumento de 29,7 anos. No mesmo período, a taxa de mortalidade infantil passou de 146,6 óbitos por mil nascidos vivos para 14,4 óbitos por mil, uma redução de 90,2%.

O comportamento das séries de expectativas de vida para os anos de 1940 e 2014 é bastante diferente até os 5 anos de idade, devido aos altos níveis de mortalidade na infância observados em 1940: se a criança completasse o primeiro aniversário, sua expectativa de vida seria 6,7 anos maior do que ao nascer, vivendo em média ao longo de sua vida 53,2 anos. Em 2014, após completar o primeiro ano de vida, a esperança de vida da criança aumentaria somente em 0,1 ano em relação à esperança de vida ao nascer, e o indivíduo viveria, em média, 76,3 anos.

Todas as idades foram beneficiadas com a diminuição dos níveis de mortalidade entre 1940 e 2014, principalmente as idades mais jovens, onde se observam os maiores aumentos nas expectativas de vida, e com maior intensidade na população feminina.

O declínio dos níveis de mortalidade também beneficiou a fase adulta (15 a 59 anos). Em 1940, de mil pessoas que chegavam aos 15 anos, 535 atingiriam os 60 anos. Já em 2014, de mil pessoas que atingiram os 15 anos, 855 chegariam os 60 anos. Isto é, no período, foram poupadas 320 vidas para cada mil pessoas nesta faixa de idade.