Com os atos de violência, a medida define que presos sejam encaminhados nos próximos dias
O governo de Santa Catarina vai transferir pelo menos 20 presos de alta periculosidade para penitenciárias federais. A decisão foi tomada a partir da avaliação das forças de segurança do estado e faz parte do conjunto de ações para conter a onda de ataques e vandalismo registrada nos últimos dez dias. Por questões de segurança, as datas de transferência e os nomes dos detentos não serão divulgados.
Em nota, o governador Raimundo Colombo ressaltou que por “questões técnicas” não recorreu à Força Nacional de Segurança e destacou que as polícias do estado, os agentes penitenciários e Polícia Federal estão trabalhando de forma integrada. “Temos o efetivo necessário e essa decisão de não trazer a Força Nacional para Santa Catarina foi tomada em conjunto com o Ministério da Defesa. Não se trata de arrogância, não temos nenhum problema em aceitar ajuda. O governo federal é parceiro de Santa Catarina no combate à criminalidade. Está nos cedendo as vagas nas penitenciárias federais e nos ajudando na área da inteligência."
O governador ressaltou ainda que repudia “os excessos” cometidos na Penitenciária de Joinville. Os agentes que atuaram no episódio foram afastados e o caso está sendo apurado. A Polícia Civil investiga se houve abuso de agentes penitenciários em uma operação pente-fino no Presídio de Joinville, no dia 18 de janeiro, que pode estar relacionada aos ataques contra ônibus em todo o estado. As imagens do circuito interno mostram agentes penitenciários utilizando spray de pimenta e disparando balas de borracha, mesmo com os presos sob controle.
No último dia 6, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador de Santa Catarina se reuniram em Brasília. Cardozo colocou a Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal à disposição do estado. Disse ainda que, se houver necessidade de transferência de presos envolvidos nos atentados para presídios nacionais de segurança máxima, existem cerca de 300 vagas disponíveis.
Os atos de violência no estado ocorrem desde o último dia 30, com a prisão de mais de 30 pessoas. Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, a ordem para os ataques estão partindo de criminosos encarcerados.
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