Educação popular é tema de seminárioO Auditório Deputada Antonieta de Barros

Educação popular é tema de seminárioO Auditório Deputada Antonieta de Barros, da Assembleia Legislativa foi palco do Seminário Interculturalidade e Educação Popular – Educação popular, inclusão e cidadania planetária, realizado nos dias 12 e 13. Promovido pelo Centro Cultural Escrava Anastácia, Centro Social Maristas, Associação dos Amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó (Acam), Centro de Educação e Evangelização Popular (Cedep), Movimento Cooperazione Educativa e o Programa Entrelaços do Saber, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), o encontro foi o primeiro seminário sobre o tema organizado por cinco instituições brasileiras e uma italiana, com objetivo de disseminar práticas utilizadas para fomentar a educação popular e a inclusão social pelo estado.

Há cerca de 10 anos, grupos dos dois países realiza um mês de intercâmbio para a troca de experiências. “O encontro é fruto deste intercâmbio. Estamos aproveitando este espaço para que outras escolas e outros programas se apropriem destes conhecimentos”, explicou a coordenadora Geral de Projetos do Centro de Cultural Escrava Anastácia, Ivone Maria Perassa.

Ivone também contou que os organizadores pretendem ampliar o debate e estender a outras regiões do estado. Esse será um dos assuntos da reunião de avaliação desta sexta-feira (14), quando será feito um balanço do seminário. “Já sabemos que esta troca cultural é boa, então, temos que ampliar pelo estado”, observou.

Entre os palestrantes do seminário, esteve o Padre Vilson Groh, que falou sobre o tema “Papel dos Instrumentos de Participação e Controle Social na Formação do Cidadão”. A palestra tratou da participação popular e do controle social de uma esfera pública não estatal, com o intuito de resgatar a função social do Estado por intermédio de proposições da sociedade civil para a construção de políticas públicas. “Queremos tornar as demandas sociais em políticas previstas nos planos orçamentários, plurianual e quadrianual dos governos”, esclareceu.

Conforme Padre Vilson, a mudança requer que a sociedade brasileira se solidifique cada vez mais como um bloco, redimensionando a função social do Estado com mecanismos de controle popular. “Este projeto de trabalho é em composição, articulando o lado técnico do Estado com as instituições sociais. Significa pensar globalmente e agir localmente para que as práxis de agir tornem-se uma práxis transformadora”, salientou.

 Vídeo Institucional e livro

O Centro Cultural Escrava Anastácia lança seu vídeo institucional e o livro “Esse Movimento Chamado Aroeira”, organizado por Nadir Azibeiro, na noite de hoje (13), também no auditório Antonieta de Barros. “Este vídeo permite a setores da sociedade e do próprio governo percebam a importância de investimentos sociais como forma de gerar oportunidades e diminuir as desigualdades”, declarou Padre Vilson. O livro é uma composição de vários autores educadores do Centro Cultural Escrava Anastácia na compreensão do Projeto Aroeira, que proporciona a jovens, em situação de risco social, uma educação integral através da arte, esporte, lazer e educação. (Denise Arruda Bortolon/Divulgação Alesc)