Sábado, 19 de setembro - das 8 às 17 horas - nos postos de saúde, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) pretende vacinar 406.407 crianças na segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação
Neste sábado, 19 de setembro, é o dia D contra a paralisia infantil. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) pretende vacinar 406.407 crianças na segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a doença em Santa Catarina. O número equivale à meta de 95% da população com menos de cinco anos de idade. Elas devem ser imunizadas nos postos de saúde, das 8 às 17 horas, independente de sua situação vacinal.
O slogan desta etapa da campanha é "Não dá pra vacilar. Mais uma vez, tem que vacinar". Para lembrar os pais da importância de levarem seus filhos aos postos de saúde, o Ministério da Saúde está veiculando peças publicitárias em emissoras de rádio e TV e publicando anúncios em jornais, revistas e sites. A intenção é impedir que o vírus causador da paralisia infantil volte a circular no Brasil com o propósito de manter o continente americano livre da doença. A SES distribuiu 700 mil doses de vacinas para todos os municípios catarinenses. Inicialmente prevista para 22 de agosto, a segunda etapa da campanha foi adiada em função da sobrecarga dos estabelecimentos de saúde no atendimento aos casos de gripe, e também com o intuito de proteger as crianças, evitando as aglomerações que naturalmente acontecem durante as campanhas.
O Brasil não registra casos de paralisia infantil desde 1989. Por conta disso, o país obteve a certificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de país livre da poliomielite em 1994. "Apesar disso, é necessário manter as estratégias de campanha de vacinação porque o poliovírus ainda circula em alguns países", explica a coordenadora do programa de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES, Leonor Proença. A transmissão da doença ainda é constante no Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão, e outros 15 países africanos e asiáticos têm registros de casos importados.
Para os pais, a orientação é que levem a caderneta de vacinação de seus filhos, para atualização ou esclarecimento de dúvidas em relação ao calendário básico de vacinas. No Brasil, o objetivo é imunizar cerca de 14,7 milhões de crianças, o correspondente a 95% dos menores de cinco anos, em 115 mil postos de vacinação. Na primeira etapa da campanha, em junho, foram imunizadas 427.092 crianças em Santa Catarina, o equivalente a 99,84% da população nesta faixa etária. No Brasil, o índice foi de 95,7%.
A DOENÇA: A paralisia infantil é uma doença viral aguda, transmitida principalmente por contato direto, pessoa a pessoa. A boca é a porta de entrada do vírus, fazendo-se a transmissão pelas vias fecal-oral ou oral-oral, esta última através de gotículas de muco da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A poliomielite pode levar à morte em caso de
paralisia severa. Em contrapartida, seu diagnóstico pode ser difícil já que, na maioria dos casos, os sintomas da infecção não são aparentes. A vacinação é a medida mais importante para a prevenção da doença.
CONTRA-INDICAÇÕES DA VACINA: Não há contra-indicações absolutas à administração da vacina oral contra a poliomielite, evitando-se, entretanto, a vacinação de crianças nas seguintes situações:
Crianças com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina, a exemplo da estreptomicina ou eritromicina;
Crianças que, no passado, tenham apresentado qualquer reação anormal a esta vacina;
Crianças imunologicamente deficientes devido a tratamento com imunossupressores ou de outra forma adquirida ou com deficiência imunológica congênita;
Crianças portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38º C, diarreia e/ou vômito é recomendado o adiamento da vacinação;
A vacina contra a poliomielite não deve ser administrada em crianças submetidas a tratamento com corticosteróide, antimetabólicos, radiação ou a qualquer terapia imunossupressora.
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