Dia 13 de outubro a fisioterapia e a terapia ocupacional comemoram 40 anos

No dia 13 de outubro de 1969, a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional foram devidamente regularizadas com a publicação do Decreto-lei nº 938.

Nessas quatro décadas de existência regular, ambas as profissões comemoram um passo muito importante: A inclusão de seu trabalho dentro das empresas.

Os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais têm mostrado que seu trabalho pode ser fundamental e dar grande contribuição em diversas áreas da saúde. Hoje encontramos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais atuando nas áreas cardiorrespiratória, da saúde da mulher, do trabalho, dos distúrbios do sono, na área dermatofuncional, estética, uroginecológica, esportiva, neurológica, ortopédica, oncológica e trabalhando com quiropraxia e osteopatia.

Segundo Dr. Gil Lúcio Almeida, presidente do Crefito-SP (Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Estado de São Paulo), a inclusão desses profissionais faz toda a diferença no ambiente de trabalho, reduzindo afastamentos e melhorando a produtividade dos funcionários. “No que diz respeito às ações preventivas, esses profissionais atuam incentivando os empregados a novos hábitos de vida, desenvolvendo dentro da empresa uma nova cultura saudável de consciência corporal e postural, gerando um bem estar físico e emocional no ambiente de trabalho”, comenta Dr. Gil.

As doenças osteomusculares e as de transtornos de humor são as mais comuns no afastamento do trabalho. Os dados foram levantados pelo Laboratório de Saúde do Trabalhador da Universidade de Brasília (UnB), que analisou 26 milhões de registros de trabalhadores ao INSS. De acordo com o ranking das doenças com mais afastamentos entre os anos de 2000 e 2004, as dorsopatias (problemas de coluna) estão em primeiro lugar, em segundo os traumatismos do punho e da mão, em terceiro as tendinites e tenossinovites (inflamação de tendão), em quarto os traumatismos de joelho e pernas e em quinto, os transtornos de humor.

Levando em consideração todos esses dados, é destacada a importância da inclusão dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais dentro das empresas para evitar problemas tanto para os funcionários, quanto para as empresas.

 

A prevenção é sempre importante, por isso, o Crefito, (órgão responsável pela fiscalização dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais), enfatiza a valorização dessas duas profissões para que os empresários invistam no cuidado com seus funcionários. “Uma empresa que investe nesses profissionais, com certeza terá empregados mais motivados e o rendimento dos funcionários será considerável”. Alerta o Presidente Dr. Gil.

 

Sobre o início da Fisioterapia e Terapia Ocupacional:

Apesar de ser uma ciência tão antiga, a Fisioterapia como profissão nasceu em meados do século XX, quando as duas guerras mundiais causaram um grande número de lesões e ferimentos graves que necessitavam de uma abordagem de reabilitação para que as pessoas afetadas tivessem novamente uma vida ativa.

Já a Terapia Ocupacional surgiu com a Revolução Industrial, no final do século XIX, quando surgiram os primeiros acidentes industriais e com eles o número de pessoas incapacitadas aumentou. Era fundamental que uma nova forma de tratamento surgisse para tratar dessas incapacidades.

Mas somente em 13 de outubro de 1969, com a publicação do Decreto-lei nº 938, ambas as profissões foram regulamentadas, com suas atribuições devidamente definidas.


Por Gil Lúcio Almeida

Graduado em Fisioterapia e mestre pela Universidade Federal de São Carlos; Doutor pelo lowa State University e University of lllinois at Chicago; Pós-doutorado pelo Rush Medical Center e University of lllinois at Chicago e Presidente do Crefito-3(Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional)