Cohab recebe R$ 16 mi e trabalha na contratação de 3,6 mil novas casas

A Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina (Cohab) começa o ano com um impulso de R$ 16.123.095,00 que serão aplicados em 95 municípios catarinenses. São recursos repassados pelo Ministério das Cidades a partir de adaptações e consultas prévias para a habilitação das cidades ao crédito. De acordo com a presidente da Cohab, Maria Darci da Motta Beck, a solicitação abrangeu todos os 293 municípios do Estado, mas a liberação foi determinada por critérios do próprio governo Federal. "Com esse repasse teremos concluído, até a metade deste ano, a elaboração do Plano Estadual de Habitação", adianta.

Cerca de 50% dos recursos destinados a Santa Catarina serão repassados diretamente aos municípios. "Com o restante, o Estado contratará ações com as prefeituras, entidades e Secretarias Regionais", explica. Estas ações
incluem a elaboração de planos municipais e regionais de habitação, determinando ações a serem executadas até 2020 para a redução do déficit de moradias no Estado. Para dar conta do trabalho, Maria Darci informa que a Cohab já montou um escritório de atendimento. "Cidades maiores dispõem de equipes técnicas capazes, mas os municípios menores não podem dispor de profissionais o suficiente para dar conta de seus planos".

Além de financiar o diagnóstico das demandas, os R$ 16.123.095,00 já prevêem ações para dar conta de seu atendimento. No montante, está prevista a contratação de mais 616 casas. "Outras três mil já estão em fase de contratação", adianta Maria Darci, que computa 7.522 moradias já entregues em cinco anos. "A Cohab era uma empresa sem crédito e à beira da falência. Ela foi recuperada e já opera, inclusive, como agente  financeiro", comemora.

Maria Darci também salienta os resultados para a população. "Não temos o registro do aparecimento de nenhuma nova favela no Estado nesse período". Para ela, este é o reflexo das ações descentralizadas em habitação. "Diferente de outros Estados, onde os programas se concentram nas capitais, em Santa Catarina estamos aplicando também em moradias rurais e habitações no interior do Estado". Em sua avaliação, esse estímulo fixa o homem no campo e estimula novas gerações a permanecerem em seus municípios de origem por encontrarem qualidade de vida.