A maioria (94,9%) acredita que houve diminuição na demanda por seus serviços no ano passado

A Confederação Nacional do Transporte divulgou hoje (28/1/2016) na internet sua primeira Pesquisa CNT de Perfil dos Taxistas, com informações gerais sobre o profissional e a atividade. Foram entrevistados 1.001 taxistas nas principais regiões metropolitanas de 12 Unidades da Federação.

A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 14 de novembro de 2015 em locais de grande fluxo de taxistas, como regiões centrais, aeroportos, estações rodoviárias, de metrôs e de trens urbanos. Os taxistas responderam questões sobre saúde, rotina de trabalho, segurança e concorrência com o Uber, entre outros assuntos.

A maioria (94,9%) acredita que houve diminuição na demanda por seus serviços no ano passado. Para 43%, o motivo foi a crise econômica do país e 30,3% consideram que a causa seja consequência do transporte clandestino/ilegal.

Mais de dois terços (72%) são taxistas há mais de cinco anos e 93,9% possuem veículos com até seis anos de uso. A maior parte (45,7%) concluiu o ensino médio. Entre os pontos positivos citados em relação à profissão, 62,3% alegam ter autonomia para definir o horário de trabalho e 40,7% gostam da flexibilidade da jornada. Mas 74,6% consideram a profissão perigosa e 51,4%, desgastante. Ao comentar sobre os riscos, 28,5% disseram ter sido vítimas de assalto pelo menos uma vez nos últimos dois anos.

Os taxistas comentaram o que pensam sobre o aplicativo Uber. Entre os 92,1% que já ouviram falar desse serviço de transporte de passageiros, 72,0% disseram ser contra a legalização. 59,9% consideram a possibilidade de oferecer um serviço diferenciado em seu táxi para torná-lo mais vantajoso na concorrência com o Uber. Nas cidades onde o Uber opera (Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo), 68,6% dos taxistas perceberam impacto negativo em sua atividade devido a esse serviço, pois houve diminuição de passageiros.

Confira os principais dados

Idade média: 47,2 anos/Renda mensal líquida: R$ 2.675,42 
Dados do veículo  93,9% possuem veículos com até seis anos de uso
Demanda 94,9% acreditam na diminuição da demanda por seus serviços em 2015. Para 43%, o motivo foi a crise econômica e para 30,3%, o transporte clandestino/ilegal
Reivindicações e custos Maior fiscalização do transporte clandestino/ilegal (57,8%)/Redução de taxas e impostos no consumo de combustível (57,6%)/ Mais segurança policial (55,9%)/Financiamentos oficiais a juros mais baixos para a compra de táxi (42,5%). Os entrevistados gastam, em média, R$ 1.361,06 com combustível
Uber  92,1% já ouviram falar. Desse total, 72,0% são contra a legalização. 59,9% consideram oferecer no seu táxi serviço diferenciado para torná-lo mais vantajoso na concorrência com o Uber. Caso o Uber seja regulamentando na cidade em que atuam, 23,6% têm interesse em trabalhar com ele. Nas cidades onde o Uber opera (Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília), 68,6% dos taxistas perceberam impacto negativo em sua atividade.
Riscos 28,5% foram vítimas de assalto pelo menos uma vez nos últimos 2 anos
Atividade de taxista 72% são taxistas há mais de cinco anos.Pontos positivos: 62,3% alegam ter autonomia para definir o horário de trabalho como o principal ponto positivo da profissão; 40,7% consideram a flexibilidade de horário da jornada * Pontos negativos: 74,6% acham a profissão perigosa
Entraves 41,7% citam a burocracia para obter a permissão como o principal problema para se tornar taxista e 30,2% acreditam que o valor da permissão é o principal problema
Saúde 74,2% estão acima do peso/46,2% procuram profissionais de saúde de forma preventiva/ 82,2% não possuem plano odontológico/16,7% já tiveram ou se trataram de problemas de pressão alta, 16,4% de problemas de visão e 14,7% de problemas de coluna.
Refeições 45,9% não têm local certo de fazer refeições e 28,1% se alimentam em casa/ 83,6% fazem mais de três refeições diárias
Internet * 78,5% utilizam. Dentre eles, o principal local de acesso é o aparelho celular (85,2%) e 63,0% acessam em casa
Endividamento 49,4% têm dívidas a vencer. Desse total, 35,2% têm dívida superior a R$ 6.000
Forma de operação 72,0% operam em ponto fixo, 33,4% operam com cooperativa/empresa e 33,0% operam por aplicativos
Medicamentos receitados 25,0% utilizam remédios controlados. Desses 52,4% são remédios para problemas de hipertensão, 22,0% para problemas de diabetes e 10,8% para problemas cardíacos

 Acesse aqui a íntegra da pesquisa