CIASC implanta o Programa de Proteção ao Conhecimento

O Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc) deu início nesta sexta-feira (30) à implantação do Programa Nacional de Proteção ao Conhecimento (PNPC), o qual é resultado do Acordo de Cooperação Técnica celebrado em setembro de 2007 em uma parceria com a Agência Brasileira de Inteligência - Abin. "O Governo do Estado de Santa Catarina é o primeiro do Brasil, através do Ciasc, a implantar esse programa em parceria com a Abin", afirmou o presidente do Ciasc, Hugo Hoeschl. Ele explica ainda que o programa tem o intuito de proteger todo o conhecimento que existe dentro do Estado, a exemplo do banco de dados de informações e aplicativos.

De acordo com o superintendente estadual da Abin, Roberto Luís Ferreira Miranda, a implantação do programa insere-se num contexto mais amplo de proteção ao conhecimento, em que a Agência Brasileira desenvolve nacionalmente em consonância com o seu Programa Nacional de Proteção ao Conhecimento. Segundo ele, para Santa Catarina, o programa visa estabelecer medidas, normatizações e procedimentos de proteção adequada à base de dados da Administração Pública Estadual.

"Os trabalhos até aqui realizados tiveram a participação conjunta da equipe de consultores de inteligência de diferentes áreas da Abin e do grupo de profissionais do Ciasc, que partindo da sensibilização dos funcionários e do diagnóstico, estabeleceram o programa, que é acompanhado das ações para salvaguardar os conhecimentos gerados e custodiados pela instituição, identificando as ameaças potenciais e as vulnerabilidades de proteção do conhecimento relativas aos segmentos de áreas, documentos, materiais, pessoal e sistemas de informação", informou o presidente do Ciasc.

O diretor de Tecnologia do Ciasc, Eduardo Sguario dos Reis, explica que em relação ao atual estágio da Sociedade da Informação, o conhecimento é um dos principais ativos a ser preservado e protegido, tanto pelas organizações privadas quanto pelas entidades públicas. Para o diretor Administrativo e Financeiro do Ciasc, Ruy Sérgio Rundbuchner, outro fator
importante que colabora com a segurança do conhecimento é o comportamento ético dos usuários e fornecedores das informações, tanto em relação aos seus funcionários quanto em relação ao cidadão, que é o principal destinatário e beneficiário dos serviços públicos governamentais.

Segundo definições da Abin, a proteção do conhecimento no século XXI é um fator fundamental para a competitividade de uma empresa ou de um país, pois está relacionada à informação desenvolvida e acumulada, à capacidade das pessoas transformarem essas informações em conhecimentos e à possibilidade de proteger seus conhecimentos estratégicos.

No que concerne ao Ciasc, o conhecimento alvo de proteção do programa encontra-se inserido no âmbito público, cuja importância da segurança é cada vez mais crescente pelo fato dos avanços tecnológicos estarem voltados para acessos ao Governo Eletrônico (e-gov), com uso a partir dos mais variados dispositivos móveis e aplicativos colaborativos e, com isto, torna os sistemas mais sensíveis aos agentes externos, sendo hoje a segurança das informações, considerada um fator de diferencial estratégico competitivo da organização.

Patrícia Pinheiro