No verão, os registros de intoxicação por animais peçonhentos, principalmente aranhas das espécies marrom (Loxosceles sp) e armadeira (Phoneutria sp), aumentam em relação ao restante do ano, segundo a Central de Informações Toxicológicas (CIT) de Santa Catarina. Clima adequado e aumento temporário da população são os motivos para essa variação. De acordo com os registros do CIT, no ano de 2011, 2.450 atendimentos foram registrados devido à intoxicação por animais peçonhentos no estado.

Pelo calor e umidade típicos do verão catarinense, a estação é propícia para a reprodução de animais peçonhentos, como os escorpiões, que não são nativos do estado mas chegam em caminhões de alimentos de outros estados, principalmente do Nordeste.

Lagartos, no oeste catarinense, aranhas, no sul, e serpentes, na serra, são os animais peçonhentos em maior número em Santa Catarina.

A orientação em caso de ferimentos por esses animais é a mesma: lavar a região ferida com água e sabão, ingerir bastante líquido e se dirigir para uma unidade de saúde. A coordenadora do CIT, Adriana Mello Barotto, orienta que nenhuma outra medida deve ser tomada nesses casos. “As pessoas costumam estancar a área do ferimento, usar receitas caseiras como passar alho ou cebola, mas nada disso deve ser feito”, esclarece Adriana.

História
O CIT orienta profissionais da saúde e a população em geral sobre o tratamento e diagnóstico de intoxicação por animais peçonhentos, plantas, medicamentos, produtos químicos e outros. O órgão da Secretaria Estadual de Saúde, em parceria com a UFSC, presta atendimento telefônico 24 horas por dia, durante o ano todo. Criado em 1984, sua sede fica no térreo da ala de visitas do Hospital Universitário.